pai e filha

Prof. Tauã com a filha Catarina

20 milhões de brasileiros não tem o nome do pai nos documentos e outros muitos milhões não tem a figura paterna no cotidiano.

Nas últimas décadas tem se verificado grandes mudanças nas estruturas e no funcionamento familiar, sobretudo com as transformações constantes dos papéis sociais atribuídos aos homens e mulheres e consequentemente às expectativas sobre as funções de mães e pais no contexto familiar.

De 1º de janeiro de 2022 até 09 de agosto de 2022 nasceram mais de um milhão e meio de crianças no país, desses 6,6% não tiveram o nome do pai registrado (dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais  – Arpen-Brasil). São mais de 103 mil crianças sem a referência paterna sequer no registro civil. Segundo a Agência Brasil é o maior número em comparação ao mesmo período dos anos anteriores. A estimativa geral é de que  20 milhões de brasileiros tenham apenas o nome da mãe em seus documentos.

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Além desses milhões que não assumem a paternidade há outros milhões que a assumem somente no papel. No entanto, é possível mudar essa situação e muitos homens estão preocupados em se envolver mais nas vidas de suas filhas e filhos e com isso também contribuem efetivamente para a redução da pesada carga de responsabilidades que é depositada nas mães/mulheres.

A mudança demanda novas atitudes e até mesmo ações de cunho público, como novas leis e políticas públicas que impulsionem os homens à assumência das responsabilidades paternas. Nesse contexto passamos pela necessidade de banheiros familiares e trocadores nos banheiros masculinos até a ampliação da licença paternidade, ao rompimento com a divisão tradicional de tarefas e à promoção da equidade de gênero.

O doutor em educação do IFG e pai da Catarina, professor Tauã Carvalho de Assis, destaca esse processo: “Me parece que estamos, enquanto sociedade, num momento de ressignificação da paternidade e do entendimento de qual o papel e importância da figura do pai e de sua relação com os/as filhos/as. E, ao mesmo tempo, cobrado uma nova postura dos pais como partícipe efetivo no processo de desenvolvimento de seus/as filhos/as. Para mim, desde o nascimento da Catarina, esse tem sido um movimento muito natural de entender o meu papel e as responsabilidades que a paternidade me trouxe.”

Prof. Tauã com a filha Catarina

Pesquisas diversas indicam que a participação efetiva do pai no dia a dia das crianças reflete positivamente no seu desenvolvimento de diferentes formas, ao mesmo tempo em que relações negativas ou inexistentes causam estragos que se estendem por toda a vida.

Ao longo da vida, potencialmente, a grande maioria dos homens exercerá a função de pai de alguma forma, mesmo que não de filhos biológicos, por isso é importante que todos os homens façam como o pai da Catarina e busquem entender melhor seus papéis e responsabilidades para a criação de seres humanos saudáveis e felizes. Fica o convite/a missão!

Feliz dia dos Pais!

Por Estael Lima
Foto: Acervo Pessoal
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

 

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