
Foto: Vânia Santana
No início dessa semana, começaram a circular boatos de que os peixes do Lago JK não estariam sendo cuidados e estariam passando fome. Isso porque, um integrante de grupos de WhatsApp gravou um áudio informal com o guarda do local.
No áudio, o integrante afirma que os peixes estariam passando fome e que ele, mesmo com placas alertando sobre a proibição, teria levado pães para alimentar os peixes.
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Um funcionário do Centro de Apoio ao Turismo (CAT), explicou em resposta ao áudio: “Esses peixes são da variedade tilápia, muito comum nos lagos nos Lagos JK e Diacuí. Esses peixes não são alimentados, eles se adaptam e o alimento deles são os micronutrientes presentes na água, são algas, entre outros.
Nunca se deu ração a esses peixes. No passado, jogavam-se restos de verduras, mas isso é crime ambiental, não pode. Causa uma fermentação na água, muda todo o sistema ictiológico da água do lago. Porque a renovação da água é lenta, sendo altamente prejudicial.”
Ele ainda acrescentou que existe um técnico disponível para dar mais explicações a população no CAT , localizado em frente aos Correios.
Após a circulação de fotos e áudios em vários grupos da cidade, e de várias discussões, cidadãos procuraram o Panorama questionando a veracidade da informação. Para responder essa pergunta, consultamos o Prof. Dr. Igo Gomes Guimarães, Zootecnista especialista em nutrição de peixes, Professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás, (UFG/UFJ).
Assim, ele reafirma a colocação do funcionário citado anteriormente, os peixes não estão passando fome, e, pelo contrário, não devem ser superalimentados: “Como os animais estão sendo mantidos num ecossistema artificial com baixa renovação de água a superalimentação dos animais causaria um prejuízo maior a comunidade ictiológica do lago levando a mortalidade em curto a médio espaço de tempo”.
Em outras palavras, “Quando temos um lago público, que, na verdade, é um ambiente artificial, é preciso manter o controle de alimentação, caso contrário, os animais podem morrer por conta de excesso de alimentação. Como a entrada e a saída de água é pouca, os excrementos dos animais se acumulam na água, e não se pode alimentar muito, porque teríamos uma mortalidade dos animais por conta da má qualidade da água. É melhor controlar a alimentação em ambientes represados do que alimentar demais e matá-los.”
Portanto, o Portal Panorama constatou que a notícia que circula é FAKE.
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Larissa Pedriel
Foto Capa: Vânia Santana
Jornalismo Portal Panorama
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