Uma cadela morreu enforcada em um pet shop de Planaltina de Goiás na última terça-feira (3), desencadeando revolta e discussões sobre negligência em estabelecimentos de cuidado animal. A tutora da cadela Hasha, de quatro anos, e a comunidade local se mobilizam por justiça.
Na última terça-feira (3), a cadela Hasha, de quatro anos, morreu enforcada em um pet shop de Planaltina de Goiás. Segundo a tutora Angélica Alves, o animal foi deixado em cima de uma bancada, amarrado por uma guia, enquanto os funcionários saíram para almoçar. Ao retornar ao estabelecimento para buscar Hasha, a tutora encontrou o animal pendurado pelo pescoço, já sem vida.
Angélica acredita que a cadela tenha caído da bancada, resultando no enforcamento. “Era uma tragédia anunciada”, afirmou. Segundo ela, antes de morrer, Hasha chegou a defecar devido à dor, um indício da gravidade do sofrimento enfrentado pelo animal. Abalada, a tutora registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Planaltina e acionou advogados para responsabilizar o pet shop. “Que a justiça seja feita, para que eles respondam e passem a ter um protocolo de segurança”, declarou. Ela também se comprometeu a doar qualquer indenização recebida a uma ONG de causa animal e divulgou o caso como forma de alertar outros tutores.
Horas após o incidente, uma amiga da tutora encontrou o pet shop em funcionamento e questionou a atitude do estabelecimento em um vídeo divulgado nas redes sociais. A gravação, que demonstra surpresa e indignação, viralizou e gerou repercussão. Ao ser questionado sobre o funcionamento após a morte de Hasha, um funcionário respondeu: “Acontece”. A postura foi considerada desrespeitosa e causou ainda mais revolta na família da vítima e entre internautas.
Em nota oficial, o pet shop lamentou o ocorrido, classificando o caso como resultado de negligência de um funcionário, que foi demitido. A proprietária informou que está revisando os protocolos de segurança para evitar novos incidentes e destacou que custeou a cremação do animal como gesto de respeito. Ela explicou que a decisão de manter o funcionamento inicial visava não comprometer o cuidado de outros animais sob responsabilidade do pet shop, mas optou por fechar temporariamente o local devido a ameaças e atos de vandalismo registrados após a repercussão do caso.