Se você costuma levar choque ao tocar na lataria do carro, ao abrir a maçaneta de casa (os metais são os condutores favoritos) e até mesmo ao encostar em outra pessoa, saiba que a culpa é da eletricidade estática.
Não entendeu nada né? Calma que vamos explicar!
“No dia a dia, nosso corpo vai acumulando energia, principalmente por causa do atrito”, afirma o professor de física da Universidade de Brasília (UnB), Tarcisio Marciano da Rocha Filho.
Assim, quando estamos muito carregados e encontramos em algo com uma diferença de carga elétrica, há uma troca de elétrons, formando uma corrente: o choque!
O professor exemplifica: “O carro em movimento acumula elétrons e os pneus de borracha isolam essa carga, ou seja, a carcaça não descarrega. Aí, quando você desce e coloca sua mão na porta, você fecha o circuito, acontece a transição de elétrons, e você sente a corrente elétrica”.
Você sabia que existem materiais que nos deixam mais carregados?
O sapato com sola de borracha, por exemplo, é um ótimo isolante, não te deixando descarregar. Roupas de lã e tecidos sintéticos também cumprem esse papel.
O ideal para evitar os choquinhos é usar tecidos de algodão ou qualquer outro natural, e ter preferência por sapatos de couro.
Estamos levando mais choques
E não é impressão! O ar seco dessa época do ano leva a um acúmulo de eletricidade estática, fazendo com que os choques aumentem.
Isso porque, a umidade normalmente ajuda a descarregar. “A água é um ótimo condutor de eletricidade, então, em uma chuva, o carro descarrega”, exemplifica o professor.
Dá pra evitar?
Não muito… Porque às vezes nem é você a pessoa carregada, e mesmo que esteja descalça, corre o risco de encostar em alguém ou alguma coisa com uma boa diferença de cargas e acontecer a troca.
A dica para sentir menos é: aumente a área de contato. Repare que você sente mais a corrente quando toca só o dedo no objeto carregado ou em alguém. Então, se você encostar a mão inteira, o braço, a perna, aumentará a área de transição e certamente sentirá menos.
Mas não se preocupe, porque a corrente desse tipo de choque é baixíssima, de curta duração e não faz mal algum à saúde.
Larissa Pedriel
Foto Capa: Internet
Fonte da entrevista: M de Mulher
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