Diante da descoberta do novo coronavírus (Sars-Cov-2), em dezembro de 2019, e a declaração do estado de pandemia feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março do ano seguinte, os pesquisadores iniciaram uma corrida contra o tempo para vencer um dos maiores desafios impostos à humanidade. Nesta trajetória, a tecnologia de ponta tem sido uma aliada para acelerar processos e encontrar soluções inovadoras.
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Um dos exemplos é o uso dos algoritmos de inteligência artificial (IA) para maior agilidade na testagem de remédios e vacinas. Por conta da experiência positiva, a expectativa é que a aplicação desse tipo de tecnologia aumente cada vez mais no setor da saúde, o que pode oportunizar o aprimoramento de diagnósticos, tratamentos e desenvolvimentos de pesquisas e medicamentos para diferentes doenças.
Atenta a esta tendência, a OMS divulgou um guia sobre ética e governança do uso da IA no setor da saúde. O documento aborda desde os padrões de segurança e o desempenho das tecnologias – reforçando a necessidade de treinamento dos profissionais da área – , até a necessidade de se pensar em inclusão e igualdade para o uso da IA.
Investimentos em inovação
Não é de hoje que a inovação tecnológica associada à saúde tem contribuído para o diagnóstico, o tratamento e a cura de doenças, mas a pandemia da Covid-19 evidenciou o quanto essa união pode ser benéfica. Por isso, a tendência é que ocorram mais investimentos com essa finalidade.
Segundo estudo realizado pelo International Data Corporation (IDC), o setor de saúde da América Latina deve investir em torno de US$ 1.931 milhões em tecnologias até dezembro. Embora o levantamento não faça o detalhamento por países, o cenário brasileiro tem se mostrado um mercado promissor para os investimentos na área.
O Brasil ocupa a 66ª posição no ranking mundial de inovação e o quarto lugar entre os países em desenvolvimento, conforme o Global Innovation Index (GII). O setor da saúde é responsável por 45,3% das publicações inovadoras feitas no país.
Nos últimos anos, o ecossistema de inovação brasileiro tem ganhado força com a maior presença e participação das chamadas deep techs, empresas de base tecnológica e com alto potencial de crescimento que atuam no desenvolvimento de soluções inovadoras de impacto social.
O termo deep tech significa tecnologia profunda. Na prática, o trabalho dessas empresas é feito com base em pesquisas científicas de diferentes áreas – incluindo a saúde – e tem a proposta de sanar diferentes demandas criadas pela sociedade.
O que se pode esperar da tecnologia na saúde
Em artigo publicado pela Revista Medicina S/A, o diretor de Healthcare da TOTVS, Rogério Pires, analisou as tecnologias que devem ganhar força a partir de 2022 no setor da saúde.
Para ele, os investimentos devem ser direcionados para a cibersegurança e os processos para a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD); o uso de sistemas e soluções em nuvem; e a aplicação da IA e de outras tecnologias para melhorar a jornada do paciente.
Destacando a transformação digital vivida até o momento, Pires acredita que muito está por vir. “Com base no que vivemos nos últimos dois anos, é inquestionável o quanto o setor de saúde se desenvolveu, a passos largos, com o apoio da tecnologia. Nesse sentido, em 2022, acompanharemos ainda mais evoluções, adaptações e inovações.”
Foto: Kindel Media / Pexels
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