Segundo a Secretaria da Saúde, o ano de 2014 poderá ser considerado epidêmico, já que entre 29 de dezembro de 2013 e o último sábado, dia 21 de setembro, foram registradas 104.066 notificações de casos de dengue no Estado de Goiás.

Segundo a Secretaria da Saúde, o ano de 2014 poderá ser considerado epidêmico, já que entre 29 de dezembro de 2013 e o último sábado, dia 21 de setembro, foram registradas 104.066 notificações de casos de dengue no Estado de Goiás.

Apesar de existir uma redução de 32,37% no comparativo ao mesmo período de 2013, de acordo com o coordenador de Controle de Dengue, o recuo deve ser analisado com cautela, uma vez que o quantitativo dos casos registrados nos meses de seca é superior, em relação à mesma época nos últimos quatro anos.

Foram registradas pelo Estado duas grandes epidemias. Em 2010, com 115.079 casos e óbitos, e em 2013, com alarmantes 163.808 registros e 94 óbitos. Embora ainda seja a segunda quinzena de setembro, provavelmente Goiás terá mais de 115 mil casos até o fim do ano, o que também pode tornar o ano de 2014, epidêmico. Daí o motivo da preocupação intensa, principalmente para evitar mortes em decorrência da doença.

De acordo com o último boletim semanal de dengue, divulgado nesta quinta-feira, dia 25, a Secretaria da Saúde confirmou 58 mortes por dengue e investiga outras 34 que estão sob suspeita.

Atualmente 15% das pessoas que morrem com sintomas da doença procuram tardiamente o sistema de saúde, com o quadro clínico já agravado. Dá-se aí a importância de se buscar o tratamento no surgimento dos primeiros sintomas, uma vez que a doença pode evoluir rápido. Outro dado relevante, é que cerca de 70% dos óbitos são de pessoas com morbidades, ou doenças de base, que são comprometidas pela dengue, como diabetes e hipertensão, por exemplo.

Para conter uma epidemia da doença, a Secretaria da Saúde segue um plano de contingência em vigor há três anos que contempla uma série de ações preventivas e de combate ao mosquito transmissor da dengue (Aedes Aegypti), além de oferecer suporte material para o tratamento dos pacientes nos municípios. A SES faz a compra de insumos assistenciais, como analgésicos e sais de reidratação, soro endovenoso e aquisição de poltronas de hidratação para serem disponibilizadas nas unidades de saúde para atender os pacientes.

Com a aproximação do período chuvoso, a população não pode baixar guarda contra o mosquito. O coordenador de Controle de Dengue afirma que o Poder Público não consegue resolver o problema sozinho, portanto, todos precisam se transformar em verdadeiros agentes de saúde e eliminar a água parada em recipientes dentro de casa, nos quais o inseto pode se reproduzir.

É recomendado que toda a população dedique dez minutos durante a semana para fazer uma vistoria no quintal de sua casa, nas calhas e demais locais. A população precisa estar imbuída no combate à dengue.

Nayara Borges – Site PaNoRaMa

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