O uso crescente de aparelhos eletrônicos por crianças tem gerado preocupações entre especialistas, que alertam para os impactos no desenvolvimento cognitivo infantil. A psicopedagoga Cláudia ressalta que a tecnologia, embora faça parte do cotidiano moderno, está comprometendo as interações familiares e a capacidade das crianças de desenvolver habilidades essenciais.
“A correria e o excesso de compromissos diários têm reduzido o tempo de interação familiar, que é fundamental para o desenvolvimento infantil. As telas, que vieram para facilitar a vida, acabam tomando esse espaço”, pontua a psicopedagoga. Cláudia destaca que o uso das telas não pode ser completamente descartado, mas defende a promoção de um uso mais consciente e equilibrado.
Para reduzir os prejuízos causados pelo uso excessivo, a especialista recomenda evitar o acesso a dispositivos eletrônicos na primeira infância. “Quanto mais pudermos adiar a introdução de telas, melhor para o desenvolvimento saudável das crianças”, orienta Cláudia. Ela explica que, nesse período, as atividades físicas e as interações sociais são fundamentais para o crescimento integral, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
Além disso, a psicopedagoga aponta a necessidade de resgatar o vínculo entre pais e filhos, propondo atividades que estimulem a interação longe dos dispositivos digitais. “Jogos de tabuleiro, brincadeiras ao ar livre e atividades em grupo são maneiras de reconectar a família e promover momentos de prazer que auxiliam no crescimento infantil”, acrescenta.
A recomendação da especialista é clara: equilibrar o uso das telas com atividades que incentivem a criatividade, a socialização e o desenvolvimento motor, criando uma rotina que permita à criança explorar o mundo real e construir habilidades essenciais para sua formação.
Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
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