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O home office pode causar queda de cabelos? Para o presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia, a relação entre os dois fatores é alarmante.

80% dos pacientes atendidos pelo Instituto do Cabelo que são diagnosticados com queda de cabelos sem causa genética passaram a ter os sintomas após meses de trabalho em home office.

Existe alguma relação entre a queda de cabelos e o trabalho em home office?

Segundo o Dr. Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e Diretor Médico do Instituto do Cabelo (www.institutodocabelo.com.br), a perda dos cabelos por eflúvio telógeno tem ligação com essa modalidade de trabalho – e dois dados podem reforçar essa constatação.

Para que se entenda melhor, eflúvio telógeno é a queda de cabelo causada por eventos como estresse, pós-parto, cirurgia bariátrica e dietas muito restritivas ou um quadro de anemia, por exemplo. Essa situação é considerada aguda quando tem duração de até seis meses – mas, pode tornar-se crônica se houver a presença de uma doença autoimune ou desnutrição.

Uma pesquisa da rede profissional Linkedin, feita com mais de 2 mil pessoas no ano passado, mostrou que 62% dos entrevistados sentiam-se mais estressados e ansiosos com o trabalho home office do que quando trabalhavam de forma presencial.

Não coincidentemente, 70% dos pacientes que procuram o Instituto do Cabelo mensalmente com queixa de queda anormal dos cabelos estão sofrendo com o eflúvio telógeno – sendo que 80% deles trabalham em home office, conforme apurado pelos médicos da clínica. “Nosso universo pesquisado é amplo, porque realizamos mais de 1.500 atendimentos mensais”, alerta o Dr. Luciano Barsanti, que é médico e tricologista.

Diagnóstico e tratamento

Para o médico e tricologista, quem tem queda anormal de cabelos precisa ficar atento às possíveis causas para o problema e, acima de tudo, não acreditar em produtos ou curas miraculosas. “É necessário que o paciente passe por uma consulta médica especializada e alguns exames específicos, para identificarmos se a queda tem fundo genético (alopecia androgenética, que atinge homens e mulheres) ou é causada pelo eflúvio telógeno. Após a anamnese (investigação) médica e os exames realizados, podemos fechar um diagnóstico e indicar o melhor tratamento”, diz ele.

No caso de a queda ser causada pelo estresse cotidiano, Dr. Barsanti explica que é possível realizar um tratamento não-invasivo e multidisciplinar, de forma a reduzir a queda e promover o nascimento de novos fios. “Essa multidisciplinaridade está ligada à adoção de novos hábitos, como a prática da meditação, a realização de técnicas de relaxamento e de atividades físicas, tudo em prol do combate ao estresse”.

Já o tratamento não-invasivo é realizado com laserterapia e equipamentos para a eletroestimulação do bulbo do cabelo e desobstrução do óstio (orifício) capilar. “Quando o paciente se trata com um médico especializado, ele também recebe a orientação correta para quadros em que se apresentam doenças que podem participar desse processo de queda, como anemia, por exemplo. É fundamental que se combatam todos os fatores que levam à perda dos cabelos para que o tratamento seja efetivo”, aconselha.

Em casa

Quem passa pela queda dos cabelos pode colaborar dia a dia com a redução significativa deste problema. “Pode parecer clichê, mas quem trabalha em home office precisa ter uma agenda que inclua momentos de prática de atividade física, horário para almoço e descanso. Cuidar da qualidade do sono também ajuda a aliviar o estresse – o que favorece o crescimento do cabelo”, explica o médico.

A alimentação bem equilibrada também pode ajudar os pacientes com queda de cabelos. Proteínas de boa qualidade, muita água e vegetais verdes-escuros são benéficos para a saúde capilar.

Por fim, Dr. Luciano Barsanti diz que é um erro esperar o quadro de queda de cabelos para procurar ajuda médica. “Recebemos pacientes que chegam ao consultório apenas quando o quadro se agrava consideravelmente. Se existe uma queda acentuada, é preciso saber o motivo dela”, alerta.

Fonte: Uapê Comunicação
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