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Pessoas com 50 anos ou mais que dormem pouco têm maior risco de depressão, demência, diabetes, câncer e doença coronariana, entre outros.

Ter uma boa noite de sono é frequentemente associado a benefícios para a saúde física e mental. Um estudo publicado na última terça-feira (18/10), na revista PLoS Medicine, apresenta evidências de que pessoas com 50 anos ou mais, que dormem cinco horas ou menos, correm maior risco de desenvolverem doenças crônicas no futuro.

Os pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, e da Universidade Paris Cité, na França, analisaram dados sobre a saúde e a qualidade do sono de 7.864 funcionários públicos do Reino Unido, com idades entre 50 e 70 anos, que foram acompanhados por cerca de 25 anos.

Todos os participantes responderam à pergunta: “Quantas horas de sono você dorme em média por noite durante a semana?”. Entre 1985 e 2016, a duração do sono deles foi medida ao menos seis vezes, com dados extraídos aos 50, 60 e 70 anos.

Em média, as pessoas com 50 anos que dormiam cinco horas ou menos por noite apresentaram um risco 20% maior de desenvolver uma doença crônica nos anos seguintes em comparação com os indivíduos que repousavam sete horas.

O risco era aumentado para depressão, demência, distúrbios mentais, Parkinson, diabetes, câncer, doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica, doença hepática e artrite.

A restrição do sono aos 50 anos também foi relacionada a um risco 30% maior de desenvolvimento de duas ou mais doenças (multimorbidade) em seguida. Aos 60 anos, o risco aumenta para 32% e aos 70, para 40%.

“Encontramos uma associação robusta de duração do sono menos do que cinco horas aos 50, 60 e 70 anos, com maior risco de multimorbidade incidente”, escreveram os autores do estudo.

O estudo é observacional, baseado no cruzamento de dados. Não prova uma relação de causa e efeito, mas uma associação importante entre o hábito de dormir pouco e a ocorrência de doenças crônicas.

Por Bethânia Nunes
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