Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767
O aumento na expectativa de vida de cães e gatos já é uma realidade na clínica de pequenos animais e traz novos desafios ao médico veterinário.
Animais geriátricos necessitam de cuidados especiais, pois há uma redução nas funções fisiológicas, depressão do sistema imune e degenerações orgânicas, assim como em humanos. Esses velhinhos já apresentam alterações na percepção, menor resposta a estímulos e declínio na capacidade de aprendizado e memória. Alguns animais apresentam pouca ou nenhuma mudança comportamental com o envelhecimento, já outros desenvolvem um envelhecimento cerebral patológico.
A síndrome da disfunção cognitiva (SDC) é uma doença neurodegenarativa progressiva que afeta cães e gatos idosos, também chamada de “demência canina ou felina”. A SDC pode ser comparada à doença de Alzheimer em humanos. Essa doença tende a afetar cães a partir dos onze anos, dependendo da raça. E em gatos à partir de 15 anos de idade.
Os sinais mais comuns são desorientação, olhar fixadamente para um local, ficar preso em lugares sem conseguir sair e andar compulsivo; alterações na interação com contato reduzido com os membros da família e o não reconhecimento deles; alterações do ciclo de sono-vigília e os cães ficam acordados à noite, podendo chorar, vocalizar arranhar o chão e acordar os proprietários; perda do treinamento higiênico que incluem micção e defecação em locais inapropriados sem causas médicas que justifiquem o comportamento.
Não existe tratamento para a doença, mas sim tratamento para dar qualidade de vida ao paciente. Podem ser feitas mudanças na alimentação, ambiente, alguns medicamentos tratando a sintomatologia. É necessário que nesse período haja muita paciência, carinho e dedicação do proprietário para com seu animal velhinho. O importante é nunca abandonar quem jamais abandonaria você.
Colunista: Jackelyne Dutra – CRMV-GO 05767
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