
Foto: Vânia Santana
Vanessa Lobato, diretora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Jataí, falou sobre o assunto em entrevista à rádio local.
Ela conta que, há aproximadamente 5 anos atrás, começaram a ser feitos estudos sobre a estruturação da UEG no Estado de Goiás. “Com os concursos que houveram nos últimos anos, houve um impacto orçamentário com os 2% que a UEG tem para o Estado inteiro. Então, já tinha previsão de que o orçamento não seria possível para todos os campus.”
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O objetivo primordial da UEG é estar onde não há outra instituição de ensino superior. No caso jataiense, já existe a UFG, IFG e as faculdades particulares. Nesse momento, segundo Vanessa Lobato: “Já começaram a falar que Jataí era um erro e que os campus deveriam estar nas cidades do interior de Goiás que não têm instituição de ensino superior”.
Mais recentemente, há 3 anos, teve início um novo estudo com mais critérios para manter os cursos e campus, avaliados separadamente, incluindo prioridade a campus com sede própria, melhor resultado no ENADE, melhor índice de aproveitamento, entre outros 15 índices.
Quando foi incluso, no início deste ano, a prioridade a campus com sede própria, surgiram mais problemas. “Nós só tínhamos o terreno, não tínhamos o projeto. Depois de conseguirmos o projeto, eles disseram ‘tem que ter sede própria AGORA’. Aí a gente procurou a Prefeitura, e ele [o prefeito] ofereceu de passar para nós um prédio, para resolvermos isso”, a diretora elenca.
Porém, continua dentro da administração central em Anápolis a discussão para fechamento de campus e cursos, por recursos insuficientes do Estado. Jataí já está na lista de nomes de campus para fechar. “Precisamos do apoio político agora”.
Há ainda outro fator agravante. A maioria dos colaboradores da instituição em Jataí são temporários. E o Ministério Público determinou a saída deles, incluindo a diretora que vos fala.
“Para complicar, tem uma determinação judicial, a qual a administração central tenta lutar contra, para mandar todos os temporários do Estado embora. Também já tem de uma outra ação civil pública, mais antiga, para mandar os temporários embora e realizar novo concurso. Mas não tem previsão de novo concurso. Todos os temporários gostariam de fazer um concurso, mas não teve, e agora eles precisam sair. Nós estamos em um momento bem apertado.”
Se os temporários forem dispensados sem realização de novo concurso, a UEG fica impossibilitada de funcionar, com apenas 5 professores atuantes.
A administração prorrogou a decisão de fechamento dos campus, que são 12 ao todo, a exemplo de Edéia e Mineiros, além de Jataí. E tentará abrir um novo PSS (Processo Seletivo Simplificado), onde novos temporários entram por 2 anos.
Lobato finaliza, “Perder a UEG é péssimo para nossa cidade, nós que estamos ali todos os dias, e podemos acompanhar a transformação de centenas de pessoas, sabemos o impacto positivo que tem na nossa sociedade, não só como cidadão, mas como profissional, as pessoas que por ali passam e se graduam com a gente.”
Larissa Pedriel
Foto Capa: Vânia Santana
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Somente um comentário muito pertinente: quando os temporários forem desligados, as pessoas do cadastro reversa do concurso JÁ REALIZADO em 2015 irão assumir as vagas, sendo que a UEG não ficaria impossibilitada como diz a matéria.
OBS: a maioria dos contratos temporários hoje da UEG são ILEGAIS. Como uma Universidade que preza pela índole e honestidade quer atuar contra a lei?
Há pessoas esperando pela nomeação desde 2015! O governo não quer tirar os temporários para prejudicar a UEG, e sim para adequar de acordo com a lei.
Olá Higor, agradecemos muitíssimo por sua colocação tão importante! Apenas reiteramos que todas as informações usadas na matéria vieram diretamente da atual diretora da UEG em Jataí.