Smartphones, tablets, Facebook, Instagram, Whatsapp. São tantas tecnologias que conectam você com o mundo virtual, que muitas vezes há uma perda de controle do tempo usado para este fim. Se você parar e pensar quanto tempo por dia passa na frente do celular ou computador, verificando e mails, postagens, fotos, comentários e conversas, torna-se praticamente impossível responder a isto e muitos apenas dizem: não sei quanto tempo, mas é muito.
Tem pessoas que mesmo durante o sono, quando acordam instantaneamente checam o celular para ver novas atualizações de redes sociais, por exemplo, ou então, você já reparou o quanto é comum atualmente a falta de diálogo entre as pessoas sentadas em uma mesa de bar ou restaurante? As conversas pessoais e a vida social parecem que foram transportadas apenas para o ambiente virtual. Há exceções sim, mas mesmo aqueles que negam este tipo de comportamento, lá no fundo, acabam ansiando por um breve momento de olho no celular.
Este é um tipo de vício que vem se tornando tão sério que muitas pesquisas já foram feitas, relacionando inclusive o vício em tecnologia com o uso de droga. Tudo bem que as consequências são bastante diferentes e incomparáveis são os prejuízos de ambos, mas a ideia do vício em si é bastante semelhante, porque muitas pessoas, principalmente jovens se sentem totalmente desnorteados e até mesmo confusos e nervosos quando não estão em contato constantemente com um celular ou um computador.
Para você ter uma noção, segundo o Instituto de Psiquiatria da USP, existem dez programas para o tratamento de transtornos compulsivos e o mais procurado é, sem dúvida alguma, os distúrbios relacionados com excesso de internet. Porém, há ressalvas antes de qualquer desespero. De acordo com psiquiatras, o tratamento é bem vindo quando este tipo de convulsão vem associado com outros problemas emocionais, como depressão, ansiedade ou déficit de atenção. Outra pesquisa interessante feita nos EUA pela empresa especialista em tecnologia Jumio mostrou que 9% dos entrevistados usam celulares enquanto fazem sexo e 12% enquanto tomam banho. É algo surpreendente.
Mas caso você ainda esteja preocupado se faz parte deste grande grupo de viciados em tecnologia, observe alguns sintomas comuns quando o celular está temporariamente indisponível, literalmente falando: desconfortos físicos, pânico, confusão, ansiedade, depressão e isolamento extremo. Estes sintomas merecem atenção especial, além de possível tratamento e envolvimento da família e amigos.
Entretanto, ressalta-se que de forma alguma essas tecnologias e redes sociais são prejudiciais a alguém e até mesmo os aplicativos, que facilitam demais nossa vida em diversos aspectos, desde saúde, bem estar, prática de esportes, informações e notícias e muitos outros benefícios. O problema existe quando há um desiquilíbrio entre o uso dessa tecnologia e a influência sobre a vida social, pessoal e o cotidiano de cada um. Realmente, torna-se preocupante quando alguém diz que prefere ficar em casa com um celular do que sair com amigos e família para se divertir.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa