Violência Financeira no Agronegócio: quando o patrimônio cresce, mas os direitos da mulher diminuem

Violência Financeira no Agronegócio: quando o patrimônio cresce, mas os direitos da mulher diminuem
Anny Assis | Advocacia da Mulher - Um time preparado para defender seus direitos. - Foto: Divulgação

Coluna Advocacia da Mulher
Conteúdo produzido em colaboração com a
advogada Anny Assis, OAB/GO 38.380.

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No agronegócio, é comum que o patrimônio da família: fazendas, gado, máquinas, empresas rurais, fique registrado apenas no nome do marido.

Mas por trás dessa “organização”, muitas mulheres vivem algo muito sério: violência financeira, uma forma de violência patrimonial prevista na Lei Maria da Penha.

Essa violência acontece quando o parceiro controla todo o dinheiro, impede o acesso a contas, oculta bens, transfere propriedades sem aviso ou usa o poder econômico como forma de ameaça ou dependência.

O que a maioria das mulheres não sabe:

Mesmo que tudo esteja no nome dele, a lei protege a mulher:

  • Bens adquiridos durante o casamento se comunicam, inclusive patrimônio rural, gado e maquinário.
  • O trabalho invisível da mulher (lar, filhos, apoio emocional) tem valor jurídico e é reconhecido como contribuição para o crescimento patrimonial.
  • Em caso de risco, é possível impedir vendas, transferências e ocultações com medidas judiciais urgentes.

Por que isso é tão comum no meio rural?

Porque a gestão financeira costuma ficar concentrada no marido, enquanto a mulher assume funções domésticas, familiares e emocionais, sem participar das decisões patrimoniais.
Esse cenário facilita práticas abusivas que só aparecem quando a relação entra em crise.

Quando procurar ajuda?

  • Sempre que houver:
  • controle financeiro,
  • ausência de acesso às contas,
  • patrimônio apenas no nome dele,
  • medo de separação por causa dos bens,
  • ou sensação de injustiça na divisão patrimonial.

Nesses casos, é essencial buscar orientação jurídica de confiança para proteger direitos e garantir segurança econômica.

Violência financeira não é “jeito dele”. É abuso. E a lei ampara a mulher.

Se algo parece errado, confie na sua percepção.

Informação é o primeiro passo para romper ciclos silenciosos.

Coluna Advocacia da Mulher
Conteúdo produzido em colaboração com a
advogada Anny Assis, OAB/GO 38.380.

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Redação Portal PaNoRaMa

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