Em sua passagem pela TECNOSHOW COMIGO, o jornalista enfatizou a importância do agricultor para o abastecimento da população e a construção do agronegócio brasileiro no cenário mundial

A importância do agronegócio para a manutenção, não só da economia, mas também para o ciclo da vida, foi a abordagem escolhida pelo jornalista e apresentador do Globo Rural, Nelson Araújo, para permear sua apresentação, nesta terça-feira, dia 12, dentro das atividades promovidas pela TECNOSHOW COMIGO 2016. Ao iniciar sua palestra sobre Agronegócio e Comunicação, o jornalista direcionou seus agradecimentos ao produtor rural, por acreditar “que é esse profissional que dá a vida para produzir o que nos faz viver”, sentenciou.

Segundo o jornalista, apesar do profissional não ser tão reconhecido, como outras categorias – em uma pesquisa de percepção apresentada, por exemplo, o agricultor ficou atrás de médicos e professores, em nível de importância profissional – a agricultura é uma atividade fundamental para a sobrevivência da sociedade. “Vamos supor que não houvesse agricultura e vivêssemos apenas de extrativismo. Segundo a FAO, conseguiríamos abastecer apenas cerca de 1 bilhão de pessoas, sendo que nossa atual população supera os 7 bilhões de habitantes”, exemplificou. Mais ainda, relembrou um encontro que teve, tempos atrás, com um produtor de Montividiu, Wilhelmus Kompier, que disse que na agricultura é preciso plantar, confiar e acreditar. “Senti um entusiasmo grande no trabalho que ele faz e é esse espírito que dá sustentação para o agronegócio brasileiro”, enfatizou.

Nesse aspecto, Nelson relembrou a força do agronegócio na geração de emprego, com a previsão de 30 milhões de novos postos neste ano. “Além disso, é o carro chefe da nossa economia. O agronegócio movimenta cerca de 1,2 trilhão de reais, o que corresponde a cerca de 23% do PIB brasileiro. E nesse ponto, o complexo soja é o grande destaque e que continua liderando as exportações do País”, salientou.

Construção e desafios
O apresentador do Globo Rural, Nelson Araújo, aproveitou a palestra para resgatar o histórico de como o Brasil se tornou um dos maiores produtores mundiais de alimento, caminhando para se tornar, segundo a FAO, a principal alternativa para abastecer a população mundial no futuro. “Segundo a projeção, o Brasil será a tábua de salvação em relação ao alimento para a população mundial. E isso só foi possível com a transformação da agricultura ao longo do tempo, que se revolucionou ao adotar o plantio direto, por exemplo, e técnicas de melhoria da produtividade. E o Brasil moderno, da tecnologia, está localizado do Centro-Oeste para cima, no mapa. O agronegócio vem abrindo caminhos”, pontuou.

Além disso, o jornalista destacou os desafios que precisam ser enfrentados. À frente do Globo Rural, afirmou ter percebido os gargalos que se apresentam, especialmente quanto à produção de alimentos e o combate ao desperdício. “A previsão é de que até 2050 o mundo abrigue mais de 9 bilhões de pessoas e teremos que dobrar nossa produção, enfrentando escassez de água e combatendo a poluição.  Além disso, precisamos diminuir o desperdício. Se fôssemos analisar a quantidade de alimentos desperdiçada teríamos o equivalente a 30% das terras agrícolas jogadas no lixo. Temos um longo caminho a percorrer”, considerou.

Conforme aponta o jornalista, a grande mensagem a ser deixada, diante de tudo isso, é o exemplo de pessoas que vivem com honestidade sua relação com o campo. “Tenho um amigo, produtor na Serra da Mantiqueira, que considero um exemplo de conduta em seu tratamento com a terra, tanto que toda a propriedade dele é impecável. Para ele, o segredo está em um versículo da Bíblia, do Êxodo, que fala que ao se honrar pai e mãe, tudo sobre a terra lhe será acrescentado. E, nesse caso, pra mim, pai e mãe são o campo, a terra”, concluiu.

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