Começa nesta quarta-feira, 1, a segunda fase da campanha de vacinação contra a febre aftosa. O único Estado que não participará é Santa Catarina, que já é considerado livre da doença sem vacinação. A etapa se estende até o dia 30 de novembro na maior parte das áreas.
De acordo com o calendário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os Estados que deverão vacinar todo o rebanho, independentemente da idade, são Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Roraima e São Paulo. Nos demais, a segunda dose será aplicada apenas em bovinos e bubalinos de até dois anos.
Na primeira etapa de vacinação deste ano, realizada a partir de maio, a cobertura vacinal atingiu 98,28% do rebanho. De 195,4 milhões de cabeças, foram vacinados 192,1 milhões.
Praticamente todos os Estados do país são livres da febre aftosa com vacinação (Amazonas e Amapá, que ainda faltam, devem receber em breve o reconhecimento pelo Mapa). A meta básica do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), com duração prevista para dez anos, é fortalecer e consolidar o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) para a retirada total da vacinação contra a febre aftosa até 2023.
A dose da vacina é de 5 ml e a temperatura de conservação do produto pode variar entre 2°C a 8°C. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais) para evitar infecções. A dose é aplicada na tábua do pescoço dos bovinos e bubalinos e a Declaração de Vacinação deve ser formalizada no serviço veterinário oficial de cada Estado. O produtor que não vacinar seus animais fica sujeito a multa.
Cuidados na vacinação – O médico veterinário da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita, explica que o manejo adequado e o bom acondicionamento e aplicação da vacina são indispensáveis para evitar as chamadas reações vacinais. Confira algumas dicas:
Aplicação:
- Conservação adequada da vacina (temperatura, local e tempo, conforme recomendação do fabricante);
- Aplicação adequada para reduzir riscos de reações adversas;
- Higienização de materiais e esterilização de seringas.
Ambiente:
- Revisar as instalações;
- Manter o piso limpo e seco;
- Avaliar a estrutura do curral, tronco e porteiras.
Animais:
- Manejo adequado e sem pressa;
- Planejar o manejo com antecedência;
- Separar os animais por lotes;
- Utilizar tronco de contenção;
- Conduzir os animais, após o procedimento, para locais com sombra, água e alimento.
Fonte: Mapa e Acrimat / Foto: Rosana de Carvalho