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Análise é do coordenador comercial nacional da J.A. Saúde Animal, Guaraci Reis Lima, que apresentou os principais causadores da doença e seus respectivos tratamentos em palestra na TECNOSHOW COMIGO 2016

O pecuarista convive diariamente com medo da mastite. A doença é considerada a maior vilã da produção leiteira, por ser a principal causa de descarte de animais nas fazendas, um prejuízo recorrente, principalmente pela falta de tratamento precoce e com a dosagem certa de antibióticos. “A prevenção e o controle da mastite são responsáveis pela maior porcentagem de uso de antimicrobianos nas fazendas leiteiras”, afirmou o coordenador comercial nacional do laboratório de medicamentos veterinários J.A. Saúde Animal, Guaraci Reis Lima, durante palestra sobre o assunto na 15ª TECNOSHOW COMIGO, que ocorreu na manhã desta terça-feira, 12, no Auditório 2 do Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO).

Diante do grande impacto econômico da doença na pecuária leiteira nacional e mundial – segundo Guaraci, o úbere ou teto de qualquer animal produtor de leite equivale a 80% do valor de venda –, esse processo inflamatório da mama, usualmente causado por bactérias, exige olho clínico do pecuarista para que a terapêutica seja iniciada o mais rápido possível, em no máximo duas horas. Caso contrário, a obtenção de bons resultados é dificultada. Outro erro muito comum cometido tanto por pecuaristas como profissionais é com relação ao tempo de aplicação. “Não existe dose única para tratamento de mastite”, repetiu várias vezes o coordenador comercial durante a palestra, alertando principalmente os estudantes de medicina veterinária e zootecnia presentes. “Os profissionais fazem a diferença nesse momento. Indicando o tratamento correto, aumentam o lucro do pecuarista e movimentam o mercado de trabalho da área”, completou.

Gravidade clínica
Guaraci fez questão de explicar os graus de gravidade clínica em que a mastite pode ocorrer, bem como os principais patógenos causadores e as formas de tratamento para cada um. Para isso, tomou como base um levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP), que apontou que 33% dos animais analisados sofria de mastite grau 1, que é leve e causa somente alterações no leite. Entretanto, são contagiosas e podem acometer todo o rebanho se não for tratada com agilidade.

Dentre os principais causadores de mastite grau 1 está a Staphylococcus aureus, bactéria geralmente encontrada colonizando o canal do teto e o interior da glândula mamária. Guaraci considera esse grupo de bactérias o mais problemático para o pecuarista, pois além de ser contagiosa, a taxa de cura dos animais tratados durante o período de lactação é de apenas 30%. Para combatê-la, é necessário tratar várias vacas de uma vez e contar com o olho clínico do pecuarista para identificar aquelas que provavelmente estão acometidas pelo problema. “Vacas que têm repetido a mastite durante a lactação e apresentam os tetos atrofiados (mais curtos) provavelmente estão infectadas pela Staphylococcus aureus. É preciso ficar atento a esses sintomas, pois muitos leiloeiros e produtores costumam vender animais contaminados com a bactéria”, orientou o coordenador.

Para a USP, 55% dos animais que contraem mastite estão com a doença em grau 2, que além de alterar o leite, causa sintomas como inchaço e dor. “Nesse caso, a vaca pode estar contaminada tanto por bactérias da família da Staphylococcus ou por coliformes fecais, que causam a chamada mastite ambiental”, explicou Guaraci.  No grau 3, que somam 15% dos casos e todos são provocados por coliformes, o animal apresenta todos os sintomas dos demais graus da doença, somado à febre, desidratação e prostração.

Tratamento
Guaraci chamou a atenção ainda para os erros que podem acontecer ao longo da terapia de mastite, especialmente no que se refere à escolha do antibiótico e ao modo de aplicação. Medicamentos indicados para casos super agudos, por exemplo, devem ser aplicados diretamente na veia do animal doente e em intervalos curtos para garantir a eficácia. “É o caso do GETOPEN, fórmula da J.A. Saúde Animal, baseado na Penicilina G Potássica Cristalina”, informou.

Já nos casos agudos, o antibiótico pode ser injetado na veia ou diretamente na mama da vaca doente em intervalos de no máximo 24 horas. Para esses casos, Guaraci indicou aos presentes o DICLOPEN, penicilina G Potássica enriquecida com procaína. Os casos crônicos requerem o uso de antibióticos de longa duração, como a penicilina G Benzantina, vendida pelo laboratório J.A. Animal como PROBEZERRO 50ML, fórmula também indicada para fortalecer o sistema imunológico de bezerros recém-nascidos com risco de pegar mastite e outras infecções.

“Em todos os graus de mastite, o ideal é optar por tratamentos tanto injetáveis como intramamários, por não ser possível saber se há bactérias colonizadas nas glândulas mamárias”, finalizou Guaraci, reforçando a necessidade de exames para descobrir qual patógeno está causando a doença para baratear os custos do tratamento e aumentar sua eficiência a curto e longo prazos.

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