26 de dezembro de 2024
plantio
Especialistas destacam os benefícios das práticas sustentáveis para a agricultura brasileira

Um dos fatores decisivos para a qualidade dos produtos agrícolas, o solo, está sendo constantemente degradado, causando problemas como erosão e a perda de matéria orgânica e de biodiversidade. Tais fatores desafiam os produtores a desenvolverem técnicas sustentáveis de plantio e manejo visando a preservação do solo e a melhoria na qualidade da produção.

No dia 15 de abril foi celebrado o Dia Nacional de Conservação do Solo, cujo objetivo é promover a reflexão sobre a necessidade da utilização do solo de forma adequada e sustentável.

Segundo um estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), mais da metade do solo da América Latina sofre algum tipo de degradação. O percentual de degradação mundial é de 33%. Alguns dos prejuízos mais evidentes são a compactação da terra, que agrava os impactos de enchentes, a perda de fertilidade e a menor captação de carbono da atmosfera.

“Não é só erosão, é salinização, poluição, perda de nutrientes, acidificação. Por exemplo, se você cultiva e não faz uma adubação orgânica mineral, só retirando, sem repor, o sistema não fica em equilíbrio. Quando produz um alimento, você retira nutrientes do solo. E o desequilíbrio criado é um tipo de degradação”, explica Maria de Lourdes Mendonça, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cocais) e ex integrante do Painel Intergovernamental de Solos da ONU

Segundo a especialista, a evolução da agricultura brasileira proporciona o desenvolvimento de práticas benéficas como o cultivo em rotação de culturas e o plantio direto, entre outras. Algumas das práticas citadas também auxiliam na redução do volume de insumos e defensivos utilizados.

O Brasil sofre dos mesmos problemas globais. Com certeza há problemas de degradação, mas temos um diferencial, porque os sistemas produtivos fomentados pelo governo são sustentáveis. Agora, tem que ampliar o alcance das boas práticas”, disse o especialista em ciência do solo, Jefé Leão Ribeiro, membro da Coordenação de Conservação do Solo e Água, da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Thaysa Alves
Foto Capa: Internet
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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