Suposto serial killer confessa seis crimes contra mulheres em Rio Verde

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) confirmou que o suposto serial killer de Rio Verde, Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, é autor de seis crimes contra mulheres no município. Até o momento, foram registrados três feminicídios e três estupros, sendo dois acompanhados de tentativa de feminicídio. Além disso, o suspeito também é investigado por diversos crimes patrimoniais e pelo possível envolvimento no desaparecimento de outras duas mulheres.
Rildo foi preso no dia 12 de setembro, quando retornava à cena de um dos crimes. Segundo o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Rio Verde, o inquérito ainda não será encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MPGO), já que a polícia apura se há mais delitos praticados pelo suspeito. “Estamos no prazo para diligências e precisaremos deste prazo”, afirmou.
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O delegado explicou que o modus operandi de Rildo não era premeditado e não havia escolha prévia das vítimas. Ele costumava sair durante a madrugada, vestido com uniforme de uma empresa de limpeza urbana, e abordava mulheres que encontrava nas ruas. A maioria era usuária de drogas ou dependente química, o que, segundo a investigação, dificultava a denúncia imediata dos desaparecimentos.
No caso de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos, a rotina fixa e o contato próximo com familiares facilitaram a denúncia do desaparecimento e aceleraram as investigações. O corpo dela foi encontrado parcialmente enterrado em um lote baldio no Bairro Popular. Exames confirmaram o estupro e câmeras de segurança registraram a vítima ao lado de Rildo antes do crime. O suspeito foi preso ao retornar à cena.
Já no caso de Neilma de Souza Carvalho, 43 anos, e de Ingrid Ferreira Barbosa Romagnoli, 38, a demora no registro de desaparecimento dificultou o trabalho da polícia. “Isso era conveniente para o Rildo, porque dependentes químicas não têm o controle de presença da família. Elas desaparecem e, muitas vezes, a família demora a registrar ocorrência. No caso da Ingrid, por exemplo, só registraram o desaparecimento depois que a Elisângela apareceu”, destacou o delegado Candeo.
Entre os crimes já confessados, estão o feminicídio de Monara Pires Gouveia, 31 anos, que vivia em situação de rua e foi encontrada morta em um terreno baldio no Bairro Popular, com o corpo parcialmente carbonizado. Segundo laudo cadavérico, ela ainda estava viva quando teve o corpo incendiado.
Outro caso foi o de Alexânia Hermógenes Carneiro, 40 anos, morta com sinais de espancamento na cabeça. De acordo com a investigação, Rildo afirmou que cometeu o crime por vingança, após a vítima comprar drogas em seu nome junto a um traficante.
Além de Rio Verde, a polícia apura possíveis ligações do suspeito com crimes ocorridos na Bahia. Rildo permanece preso na Casa de Prisão Provisória (CPP) e está à disposição da Justiça. O delegado Adelson Candeo afirmou que as investigações prosseguem de forma ininterrupta para esclarecer todos os delitos atribuídos ao investigado.
Por Victor Santana Costa
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7
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