Larissa Pedriel
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br
Em nota enviada ao Portal Panorama, o SIMEGO (Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás) informou que haverá paralisação no atendimento dos médicos no dia 31 de Maio, sexta-feira em que se comemora o aniversário de Jataí.
A paralisação acontecerá no Hospital das Clínicas Dr. Serafim de Carvalho, e não afetará os atendimentos de urgência e emergência, como previsto em lei.
A deliberação foi tomada em Assembleia Geral realizada na última sexta-feira (24). O motivo seria a “substancial diminuição do padrão remuneratório” que o novo edital de chamamento de médicos credenciados apresenta.
Também afirmaram que a falta de insumos hospitalares básicos na rede de saúde pública municipal impossibilita a prestação de um serviço médico eficiente e seguro, com atendimento digno a população.
Leia também: Cirurgiões gerais de emergência pediram exoneração dos cargos em Jataí
Na nota, o SEMEGO afirma “Os gestores responsáveis pela Saúde Pública do Município não procederam com as necessárias negociações com vistas ao atendimento à pauta de reivindicações apresentada pelos médicos.”
Na manhã desta segunda-feira (27), o prefeito Vinícius Luz foi recebido no Jornal das Sete, apresentado pelo radialista Izalter Francisco, e relatou, na ocasião, sobre a atual situação:
“Nós precisamos fazer um plano de contingenciamento para que a gente possa não deixar faltar o básico e adequar os salários. E é isso que alguns médicos não estão aceitando.
Nós fizemos um estudo da região, com várias outras cidades, e apuramos que a média salarial paga aos médicos contratados em Jataí estava acima da média de outras cidades. Então nós propusemos, dentro de uma média razoável, uma redução para que o serviço não pare.
Nós propusemos porque não podemos gastar todo o dinheiro da saúde só com folha, as pessoas estão reclamando e estão reclamando com razão. Está faltando o básico, e estamos gastando dinheiro com folha. Não podemos fazer isso. É isso que eles precisam entender.
Nada avançou nas negociações até agora, eles deram a mediação do Ministério Público por encerrada, chamaram o sindicato dos médicos. Eu não vou fazer nenhum confrontamento com eles, nós estamos tratando disso com a maior sinceridade, honestidade e transparência possível. O fato é, se não tem o dinheiro para pagar, como vou contratar?
Se o Estado tivesse colocado em dia esse valor de 7 milhões e 700 mil reais, possivelmente não estaríamos discutindo essa crise hoje.”
Confira a nota na íntegra:
Larissa Pedriel
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br