Ao todo, nove mandados de condução coercitiva foram expedidos, porém em dois deles, os intimados não foram localizados. Um dos mandados cumpridos foi em Jataí e os outros em Goiânia.

A Polícia Federal em Goiás (PF-GO) cumpriu nessa quinta-feira (20) sete mandados de condução coercitiva e dois mandados de busca e apreensão em Goiás, durante a Operação Plateias, que investiga quadrilha suspeita de desvio de verbas públicas e fraudes em licitações no estado de Rondônia. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 57 milhões.

Ao todo, nove mandados de condução coercitiva foram expedidos, porém em dois deles, os intimados não foram localizados. Um dos mandados cumpridos foi em Jataí e os outros em Goiânia. De acordo com a Polícia Federal, todos os investigados são suspeitos de participação de processos licitatórios de diversas secretarias municipais de Rondônia. Porém, essas seleções eram fraudadas, pois havia um direcionamento prévio de qual das empresas concorrentes venceria.

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Entre os envolvidos está o empresário Marcelo dos Reis, que representa o Laboratório Hospfar. Ele foi levado à sede da Polícia Federal nesta tarde. Ele foi ouvido pela polícia e, em seguida, liberado. Não foi informado o teor do depoimento.

O empresário negou, em nota, que a empresa dele tenha participado de qualquer esquema fraudulento em licitações de Rondônia. Marcelo se diz à disposição da Justiça para colaborar com as investigações.

A Polícia Federal não informou a identidade dos outros envolvidos na operação.

A Operação foi realizada, ao todo, em nove estados e no Distrito Federal. De acordo com a polícia, foram expedidos 193 mandados, sendo 163 pessoas de condução coercitiva para prestar depoimento, 26 de buscas e apreensões e quatro de prisões.

As investigações tiveram início em 2012 e apuraram que empresas interessadas em participar de licitações do governo de Rondônia eram obrigadas a fazer doações a campanhas eleitorais. As licitações eram direcionadas para serem vencidas pelas companhias que faziam parte do esquema criminoso. Em alguns casos, havia até mesmo dispensa de concorrência pública.

Também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos. Teria sido criado um fundo de propina que chegava movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês.

Foram encontradas irregularidades na Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) e em oito secretarias do atual governo de Rondônia: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, e Obras e Serviços Públicos.

Do G1 / Foto Capa: Arquivo Site PaNoRaMa

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