A Policia Civil afirmou no início da tarde desta quinta-feira (4) que a causa da morte da menina de 1 ano, em uma unidade de saúde de Goiânia, foi asfixia, pois ela se engasgou com um caroço de feijão. Segundo o laudo provisório do Instituto Médico Legal (IML), a vítima não tem vestígios de estupro no corpo, como suspeitava a médica que atendeu o bebê e a mãe da criança.

Mesmo com a informação do laudo, a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Renata Vieira, explicou que vai continuar investigando se houve violência sexual contra a menina, que morreu na noite de quarta-feira (3).

“O laudo é um forte indício de que não aconteceu o estupro, mas temos que finalizar o processo. Vamos ouvir a mãe de novo e questionar por que ela afirmou que o cunhado abusou da filha dela, se ela viu algo, até porque nem todo abuso deixa marcas”, disse a delegada.

Suspeito de ter estuprado a menina, o tio negou ter cometido o abuso. No entanto, para evitar uma possível fuga, ele e os pais da criança foram presos em flagrante pelo suposto crime. Com o resultado do laudo, a delegada disse que eles devem ser soltos ainda nesta tarde pela falta de provas.

Suposto estupro
A suspeita de que a menina morreu em consequência de abuso sexual foi levantada pela médica que a atendeu no Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) do Setor Jardim Curitiba, na noite de quarta-feira (3). A profissional, que não quis se identificar, disse que o bebê estava com lesões anais e vaginais, o que foi descartado pelo laudo provisório do IML.

Depois de atender a criança, a médica acionou a Polícia Militar. Os pais da menina foram detidos e encaminhados ao 22º Distrito Policial de Goiânia.

No local, a mãe, de 18 anos, deu depoimentos contraditórios, mas, ao final, afirmou que descobriu, um dia antes da morte da filha, que o cunhado havia abusado da menina. “Ele ficava me ameaçando, disse que ia matar todo mundo, mas não dizia o motivo”, afirmou a dona de casa, na noite de quarta-feira.

O pai da menina, de 25 anos, alegou que se mudou para a casa do irmão com a mulher e a filha há pouco mais de um mês porque está desempregado e nunca soube dos abusos. “Ela veio me contar aqui dentro. Ela tinha que me ter falado era em casa, a gente tinha que ter denunciado, feito alguma coisa”, afirmou o pai, na delegacia.

Até o início desta tarde, o corpo da menina ainda não havia sido liberado do Instituto Médico Legal (IML).

Fonte: G1

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