Foto: Divulgação/Facebook

Defesa alega que provas produzidas contra padre Robson de Oliveira basearam-se em material hackeado...

A juíza da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores da capital, Placidina Pires, negou dois pedidos de Padre Robson, nesta quinta-feira (24). O religioso, que é investigado na Operação Vendilhões por supostos crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica junto a dirigentes da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) solicitou nulidade das provas e imposição de sigilo.

Sobre a nulidade das provas, a defesa do padre alegou que elas foram baseadas em prova ilícita: material hackeado. Em relação ao sigilo, o religioso afirma que houve compartilhamento de conteúdo referente ao processo que resultou na condenação do hacker Welton Ferreira Nunes Júnior e que correu em segredo de justiça.

Placidina afirmou que material hackeado nunca foi apresentado nos autos e que também não houve compartilhamento de provas daquele procedimento. “Houve apenas o envio de cópia do inquérito policial, contendo somente elementos informativos, sem nenhuma prova resultante de cautelar sigilosa”, explicou a magistrada.

“Nem a defesa da intimidade dos investigados ou interesse social demandam a imposição de sigilo, especialmente considerando que as associações religiosas investigadas, sabidamente sobrevivem de doações de fiéis e que, portanto, devem prestar contas públicas da destinação dada às suas arrecadações”, disse também.

Defesa

Em nota, o advogado Pedro Paulo de Medeiros, que faz a defesa do religioso, informa que protocolizará reclamação no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) com o objetivo de que seja mantido o que os desembargadores já decidiram: o sigilo do processo que sentenciou os hackers extorsionários e seus desdobramentos.

O procedimento é um recurso contra o descumprimento por parte da primeira instância do Judiciário goiano.

Operação Vendilhões

Destaca-se que a Operação Vendilhões investiga possíveis crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica praticados pelos dirigentes da Afipe (são três). O MP-GO apura desvios na ordem de R$ 120 milhões nas contas das associações.

O montante de repasses para as empresas de comunicação foram de R$ 456 milhões. Estes também são investigados, pois não teriam afinidade com o objetivo final da Afipe de evangelização.

Fonte: Mais Goiás
Jornalismo Portal Panorama
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