Conta de luz mais cara: Bandeira vermelha em novembro e cobrança extra nas tarifas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (31/10), que a bandeira tarifária vermelha patamar 1 será mantida nas contas de energia elétrica durante o mês de novembro. A decisão implica um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, mesmo valor cobrado no mês anterior.

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Segundo o órgão regulador, o acionamento da bandeira vermelha é resultado do cenário desfavorável para a geração de energia hidrelétrica no país. O volume de chuvas abaixo da média nos últimos meses reduziu significativamente os níveis dos reservatórios, exigindo o acionamento de usinas termelétricas — que possuem custo de operação mais elevado.

Desde junho de 2025, o consumidor brasileiro vem arcando com tarifas adicionais em razão da piora nas condições de geração de energia. No ano, o histórico de bandeiras tarifárias foi o seguinte:
Janeiro a abril – bandeira verde; maio – amarela; junho e julho – vermelha patamar 1; agosto e setembro – vermelha patamar 2; outubro e novembro – vermelha patamar 1.

A Aneel explica que, apesar do crescimento da geração solar no país, essa fonte não é suficiente para compensar o déficit hidrelétrico, uma vez que sua produção é limitada ao período diurno.

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo indicar o custo real da geração de energia e repassar ao consumidor as variações nos custos de produção. As bandeiras funcionam da seguinte forma: verde, sem cobrança adicional; amarela, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh; vermelha patamar 1, com taxa extra de R$ 4,46; e vermelha patamar 2, com adicional de R$ 7,87.

Com a decisão mais recente da Aneel, as contas de energia completam seis meses consecutivos sob cobrança de bandeira vermelha, refletindo a necessidade de equilíbrio entre oferta e demanda no sistema elétrico nacional.

Por Gessica Vieira
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7