22 de dezembro de 2024
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Somente no primeiro bimestre deste ano, comparado com o mesmo período de 2015, o recuo no Estado foi de 90% em relação aos recursos aplicados.

O crescimento de despesas combinado com a recessão econômica levou ao corte de investimentos em todo o País, o que inclui Goiás em terceira posição, atrás de Rio de Janeiro e Pará. Somente no primeiro bimestre deste ano, comparado com o mesmo período de 2015, o recuo no Estado foi de 90% em relação aos recursos aplicados.

Como resultado, parte das obras paradas foi priorizada e projetos que dependem de volume maior de recursos, como o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT,) não devem sair do papel, até segunda ordem, em 2016.

A preocupação do governo, segundo justifica, é em não dar um passo maior do que pode, por isso reduziu o ritmo em todas as etapas, da contratação à extinção das obrigações, quando obras são entregues, para evitar atrasar pagamentos e ter de interromper construções por conta da restrição financeira.

“Até que haja mudança, vamos estar restritos aos recursos do Tesouro, que sabemos que está comprometido com custeio da máquina e pagamento da dívida”, diz a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, para quem o Programa de Desmobilização de Ativos – em elaboração pelo governo – será uma alavanca, além do ajuste fiscal.

No entanto, a maior parte dos resultados é prevista para 2017. “Todas as obras são importantes, mas as prioridades definidas consideram o estágio e o prejuízo de interrompê-la, a importância para o desenvolvimento e a capacidade financeira para terminá-la.” Três delas são prioritárias, além dos investimentos em saúde, educação e segurança, diz Ana Carla. A Sefaz admite os cortes, mas pondera que apenas no fim do ano será possível ter um espelho fiel da situação.

Esse cenário, explica o assessor econômico do Senado Pedro Jucá Maciel, que fez o levantamento sobre a situação dos estados, foi causado em parte pelo aumento das liberações de crédito do governo federal para os Estados entre 2012 e 2014 e que, no ano passado, foram bloqueados, o que complicou a situação fiscal. “O primeiro efeito é o atraso com fornecedores. Depois, sem dinheiro para começar a obra, os contratos são cancelados.”

R$ 1,3 bilhão – Apesar da demanda do trânsito de Goiânia, o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) não está entre as prioridades do governo para este ano

R$ 250 milhões é o valor estimado para a retomada das obras da Plataforma Multimodal. Está nos planos do governo estabelecer uma parceria público-privada. Obras iniciaram em 2012

R$ 48,8 milhões é o valor estimado para a conclusão das obras do Centro de Excelência do Esporte em Goiás, que está 98% pronto. Obras tiveram início em 2013

R$ 117,8 milhões é o valor contratado para a finalização das obras do Centro de Convenções de Anápolis, até então paradas. O contrato é de julho de 2013

R$ 34,5 milhões foi o valor empenhado para a manutenção e reconstrução de rodovias, sendo priorizado 1,1 mil quilômetros. Obras têm início previsto para abril deste ano.

Fonte: O Popular / Foto: Zuhair Mohamad

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