
O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Jataí encerrou, na sexta-feira (24), o inquérito sobre o homicídio de Tales Nascimento Santos, de 28 anos, ocorrido em 13 de dezembro de 2024. Segundo as investigações, o pai de uma das vítimas agiu em legítima defesa para proteger sua família, e a polícia recomendou o arquivamento do caso sem responsabilização criminal.
De acordo com os relatos apurados, Tales, inconformado com o fim do relacionamento com sua ex-companheira, invadiu a casa do ex-sogro armado com um revólver. Na entrada, ele abordou o irmão da ex-companheira, um adolescente de 17 anos, e disparou várias vezes contra o jovem, atingindo-o na cabeça, nos braços e no pescoço. O adolescente caiu gravemente ferido.
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Ao ouvir os tiros, o pai do jovem, de 48 anos, saiu de casa para socorrer o filho e foi surpreendido por Tales, que apontou a arma para sua cabeça. O homem conseguiu desviar, mas foi baleado na mão. Em seguida, iniciou-se uma luta corporal. Tales, sem munição, usou a arma como objeto contundente para golpeá-lo e também utilizou um soco inglês para feri-lo ainda mais.
A violência aumentou quando Tales tentou jogar um líquido inflamável no corpo do ex-sogro para incendiá-lo. No entanto, ele falhou ao não conseguir acender um fósforo. Mesmo ferido e debilitado, o homem reagiu novamente e conseguiu neutralizar Tales durante uma nova luta corporal. Tales desmaiou e morreu no local.
O delegado Marlon Luz, responsável pelo caso, afirmou que a ação do pai foi determinante para salvar a vida do filho e impedir que Tales ferisse outros membros da família. “As provas demonstram que o investigado agiu em legítima defesa própria e de terceiros, protegendo sua família de um ataque iminente e letal”, destacou o delegado.
Com base nas evidências coletadas, a polícia recomendou o arquivamento do inquérito policial, isentando o pai de qualquer responsabilidade criminal.
Por Gessica Vieira
Reportagem Mary Linder
Foto: Reprodução
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