O IBGE pesquisou sobre o preço de quatro variedades de feijão e dentre elas, apenas o preto não teve seu preço ajustado acima da inflação medida de janeiro a junho deste ano, com alta de 1,45%. Já as variedades fradinho, mulatinho e carioca tiveram aumento bem acima dos valores da inflação deste mesmo período, com 22,8%, 24,51% e 20,22% respectivamente. Lembrando que o IPCA dos meses citados foi de 6,17%.
Analistas explicam que o motivo para tal alta é que a safra atual está abaixo do previsto. Além disso, em muitas regiões diminui-se a área plantada e um dos principais motivos foi o custo elevado da produção, já que o feijão consumido em grande parte do Brasil vem de lavouras com irrigação, ou seja, com um custo alto, além de agregar os riscos da falta de água e os custos da energia elétrica.
Além disso, especialistas no mercado do feijão afirmam que o quadro de oferta e demanda está mais apertado do que no ano passado e por isso, há a possibilidade da saca chegar a R$ 200 até dezembro. Em relação aos custos, um dos principais fatores que tem afetado o preço do feijão é a tarifa da energia elétrica, por conta da irrigação, que aumentou cerca de 90% para o produtor.
Dessa forma, como o feijão é um dos alimentos básicos na mesa do brasileiro pelo menos cinco vezes por semana, esta elevação no seu preço tem pesado bastante no orçamento das famílias. Inclusive, alerta os analistas, o preço do feijão tem prejudicado o valor das cestas básicas e por não ter um substituto, o que realmente deve ser feito é economizar e pesquisar os preços no momento da compra.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa