Motoristas que trafegam pela GO-467 reclamam da falta de manutenção na rodovia, que não é asfaltada. Na época de seca, os condutores enfrentam ondulações e pedras na pista. Já durante o período chuvoso, os atoleiros deixam a estrada intransitável. “Estou até com medo, se chover eu não vou sair. Com o barro, carro pequeno é complicado”, afirma o pastor Marco Luiz.
A via é uma das principais rotas de escoamento de grãos de Jataí, no sudoeste de Goiás. Caminhoneiros que passam pelo local relatam que já chegaram a ficar até três dias isolados após o caminhão atolar no barro.
O motorista Paulo Sérgio Santos também teve problemas com as condições da estrada. Na última semana, a carreta que ele dirigia tombou na GO-467, espalhando a carga de soja na pista. Ele conta que perdeu o controle do veículo por causa da lama.
“A carreta do bitrem derrapou e puxou o caminhão e tombou tudo. Não teve jeito de fazer nada”, conta. Com o acidente, ele teve ferimentos leves nos braços e pernas.
Transporte escolar
O problema é ainda mais grave para os alunos de uma unidade de ensino da zona rural. Por causa dos atoleiros, as 110 crianças que estudam na Escola Boa Vista já ficaram sem aulas por não terem como chegar ao colégio.
O motorista do transporte escolar Nilton Nogueira teme que as próprias crianças também se tornem vítimas de acidentes. “Nós transportamos vidas, nós transportamos alunos. É arriscado qualquer hora acontecer isso aqui [tombamento] com um ônibus carregado de alunos. E nada é feito nesse caso”, alerta.
A Agência Goiana de Obras e Transportes (Agetop) informou que ainda neste mês será feita a manutenção na rodovia. O órgão afirma que o trabalho irá começar assim que equipes que trabalham em outras obras desocuparem, mas não especificou uma data. Além disso, não há previsão para que a GO-467 seja asfaltada.
Do G1 Goiás