Família se defende após morte de bebê em Luziânia: “Não houve negligência”

Família se defende após morte de bebê em Luziânia: “Não houve negligência”

Após a morte trágica do pequeno Kayron Lucas da Silva Andrade, de apenas um ano e quatro meses, a família da criança se pronunciou e negou qualquer indício de negligência por parte da mãe ou dos parentes próximos. O menino foi encontrado morto na manhã de quarta-feira (30), com sinais de violência, em uma casa localizada no bairro Vila Portuguesa, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.

De acordo com Andressa Castro, prima da mãe de Kayron, o bebê estava sob os cuidados da tia desde os três meses de vida, período em que a mãe foi presa. “Ela confiava plenamente na tia, que já cuidava de outras crianças e era conhecida por sua dedicação”, explicou Andressa. Ainda segundo a família, o pai do bebê, mesmo ausente devido ao trabalho, ajudava com pensão e mantimentos.

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A família relata que nunca havia notado comportamentos suspeitos por parte da tia. Qualquer machucado no corpo do bebê era justificado com quedas acidentais, e as explicações eram aceitas. Apesar disso, vizinhos teriam alertado o Conselho Tutelar ao escutarem gritos frequentes da criança. Parentes chegaram a tentar retomar a guarda de Kayron, mas sem sucesso.

Na manhã do dia 30, as duas mulheres responsáveis pelos cuidados da criança — a tia e sua companheira — acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), alegando que o menino havia desmaiado. A equipe médica, no entanto, constatou que Kayron já estava morto havia pelo menos duas horas, apresentando lesões compatíveis com agressões, tanto antigas quanto recentes.

As suspeitas, de 35 e 20 anos, foram presas em flagrante. Durante o interrogatório, ofereceram versões contraditórias sobre o que teria ocorrido. Inicialmente disseram que o bebê se engasgou com leite, depois afirmaram que ele caiu da cama — inconsistências que aumentaram as suspeitas de maus-tratos.

A Justiça converteu a prisão em preventiva após audiência de custódia, enquanto o corpo de Kayron foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer os fatos.

A mãe do menino, que ainda estava sob custódia no momento da tragédia, soube da morte pouco antes de ser libertada. De acordo com os familiares, ela estava em processo de obter liberdade condicional e planejava buscar o filho no dia seguinte. Ao receber a notícia, entrou em estado de choque e tentou tirar a própria vida. Atualmente, está em casa, sob acompanhamento da família.

A investigação continua, e o caso mobiliza a comunidade local, que aguarda respostas sobre a morte do bebê e as possíveis responsabilidades envolvidas.

Por Victor Santana Costa
Foto: Reprodução
Jornalismo Portal Pn7

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Víctor Santana Costa

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