Foto: Arquivo Pn7

Portal Panorama inicia canal de dúvidas para averiguar notícias falsas

Na última semana, um helicóptero sobrevoou a cidade de Jataí e com ele notícias falsas se espalharam pela cidade. Segundo alguns grupos de mensagens, o helicóptero seria da Polícia Federal, a qual estaria realizando uma operação.

Alguns participantes chegaram a dizer que um agente da PF conhecido por participar em operações envolvendo a Lava Jato estaria em Jataí.

Porém, nossa equipe registrou, através de fotografias, que o helicóptero em questão era na verdade da Enel, e, segundo a empresa, estaria fazendo serviços de manutenção na região.

Não é de hoje que boatos e mentiras são propagados com segundas intenções, porém, com o advento das redes sociais, a divulgação dessas ficou muito mais fácil.

Preocupados com isso desde 2016, nossa equipe vêm combatendo notícias falsas com informações verdadeiras em prol da população. E agora, aprimoramos nossas ferramentas para melhor servir os leitores.

Inspirados em um serviço prestado por grandes portais de notícias, daremos início à série “Fake ou Fato”. Funcionará da seguinte forma: se alguém tiver alguma dúvida sobre determinada informação publicada em grupos de aplicativos de mensagem e redes sociais, poderá enviar para a nossa redação preenchendo o formulário abaixo do texto.

Assim, nós vamos atrás de respostas por você, concluindo se realmente aconteceu (Fato) ou se é uma notícia falsa (Fake). A única forma de combater fake news é com informação e nós vamos informar você!

 

Uma breve introdução sobre o tema

O termo Fake News, ou notícias falsas, ficou conhecido mundialmente após a eleição de Trump nos EUA, em 2016, e a eleição de Bolsonaro no Brasil, em 2018. Ele é usado para se referir à informações falsas publicadas, principalmente, em redes sociais.

Essas notícias falsas são propagadas por diversos motivos. Alguns sites buscam ganhar mais acessos enquanto outros têm um propósito mais perverso, ao buscar reforçar um pensamento, através de mentiras e disseminação de ódio.

É por isso que em época de eleições, Fake News são mais frequentes, pois objetivam manipular a opinião pública. Existem até mesmo empresas especializadas em criar boatos que são disseminados em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários.

No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada deep web, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público.

Com muitos conteúdos falsos publicados, pessoas reais ficam vulneráveis às fake news e acabam compartilhando essas informações. Dessa forma, está criada uma rede de mentiras com pessoas reais.

Há inúmeros casos no Brasil em que Fake News tiveram consequências gravíssimas. Um caso que ficou conhecido e chegou ao extremo foi o da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que morreu após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo, em 2014.

A revolta dos moradores foi em virtude de informações publicadas em uma rede social, com um retrato falado de uma possível sequestradora de crianças para rituais de magia negra. A dona de casa foi confundida com a criminosa e acabou sendo linchada.

No Brasil, ainda não existe lei específica que trate sobre as Fake News, visto que é um fenômeno recente. Porém vários projetos de lei estão em tramitação e os atos que envolvem fake news são enquadrados por outros dispositivos legais.

Quem cria a notícia falsa se expõe a atos infracionais que podem envolver calúnia, danos morais, crime contra a honra, apologia ao crime, dentre outros. E, tanto quem cria como a pessoa que está enviando a mensagem a outros, pode ser processado.

A melhor dica para não correr o risco de compartilhar notícias falsas é verificar se a fonte, site onde foi postado, é confiável e buscar informações em meios de informação com maior credibilidade.

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Larissa Pedriel
Foto Capa: Arquivo Pn7
Jornalismo Portal Panorama

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