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Na Carta às Famílias, centro educacional promove reflexão sobre o momento enfrentado mediante a pandemia da COVID-19...

A pandemia causada pela COVID-19 mudou profundamente as relações sociais e familiares. Pais e filhos vivem uma situação ímpar em seus cotidianos e enfrentam desafios novos à cada dia. Em forma de reflexão sobre esse período e suas dificuldades a Ethos Centro Educacional divulga carta de encorajamento às famílias.

Confira o texto na íntegra:

CARTA AS FAMÍLIAS

Estamos vivendo um momento incerto e somos acompanhados de pensamentos e sentimentos nada confortáveis. Inúmeras preocupações e medos rondam nossos dias e nos assaltam permanentemente. Estamos mergulhados nas águas das incertezas! E, geralmente, lidamos mal com aquilo que não sabemos, tendemos a tentar encontrar uma saída na base do certo e errado.

Junto com a situação inédita que nos captura e as tentativas de lidar com uma vida que foi revirada de cabeça para baixo, chegam até nós inúmeras sugestões, tais como: aproveitar o tempo em casa para brincar com seu filho, ter diálogo com ele, ou aproveitar para estar mais próximos e dividir a mesa das refeições, reforçar o ensinamento da importância da higiene na nossa saúde. Esse é o momento!

Essas sugestões podem ser frutíferas e realmente nos auxiliar, mas podem ser vivenciadas por alguns como mais uma exigência, dentre as que já tínhamos, e aqueles que não conseguirem segui-las podem se sentir mais perdidos e culpados.

Não basta girarmos uma chave para passar a brincar prazerosamente com os filhos ou ensiná-los que precisam esperar, colaborar… Antes tínhamos pouco tempo juntos, e agora? O que fazer com muito tempo e a extrema presença? Mas realmente temos tanto tempo livre assim? Estamos submersos no “homework”, nas atividades de casa, no trabalho doméstico. São tantas as solicitações e cobranças!

O caos de uma pandemia trouxe para dentro de casa também um caos emocional. A angústia de não saber como será o dia de amanhã; a falta de respostas que pode levar a um estado de alerta constante; a pressão por produtividade; a demanda por assumir o papel de tutor dos estudos; a responsabilidade de preparar comidas saudáveis, sem permitir que as crianças se empanturrem de guloseimas; garantir a ordem, limpeza e higiene dos ambientes; administrar as relações familiares entre quatro paredes; e reduzir a distância física, mas manter contato remoto com outros parentes e amigos isolados. Soma-se a essa carga de afazeres o ruído sempre presente de tanta notícia ruim, agora tão pertinho da gente.

Os ritmos foram abalados e reverberam a seu modo em cada família e suas crianças. A crise pode ser considerada uma moeda de duas faces. Talvez possamos abrir espaço para que a ruptura que nos atravessa possa ser uma OPORTUNIDADE, lembrando que, etimologicamente, essa palavra significa um vento propício para o barco sair ou atracar no porto!

Falamos de resiliência e também de empatia! É comum ouvirmos dizer que estamos todos no mesmo barco, mas na verdade estamos todos na mesma tempestade. Uns estão navegando de iate, outros de barco a vela, outros em uma canoa com remos e outros atravessam a tempestade apenas com um pedaço de madeira para ajudar a flutuar E outros tantos naufragam em dores e angústias pelo luto. Mas seguimos todos atravessando, da maneira que conseguimos. Diariamente nos recriamos e nos reinventamos, aprendemos com o ontem e estudamos o amanhã na sua incerteza. Cabe-nos aqui a empatia mais franca e singela, nos colocarmos no lugar do outro e lembramos que por mais difícil que esteja pra nós, o outro também está passando por seus momentos de incertezas, medos, angústias e frustrações.

Um momento favorável à reflexão acerca da matéria-prima com a qual a vida pode ser verdadeiramente tecida, podendo sair do modo “piloto automático” ao discriminar de que forma podemos imprimir nosso jeito a essas sugestões, ou criar saídas alternativas. E talvez essa seja a grande oportunidade: entrar em contato com nós mesmos, para nos conhecer na relação que estabelecemos com os filhos, tentando abrir espaço para criarmos formas de estarmos e crescermos juntos.

Sintam-se abraços, acolhidos e compreendidos pela Ethos!

A tempestade vai passar!

Por Redação
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