Estudo: comer peixe regularmente protege o coração de pessoas de alto risco

Não é segredo para ninguém que comer peixe regularmente traz muitos benefícios para a saúde, entre eles, a prevenção de doenças cardíacas. Isso é o que reforçou um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade MCMaster, no Canadá.

Segundo o estudo, publicado no JAMA Internal Medicine em 8 de março, a ingestão regular de duas porções de peixes oleosos, como sardinha, pescada e salmão, pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares em pessoas de alto risco, como aqueles que já têm doenças cardíacas ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Os pesquisadores descobriram que os ácidos graxos ômega-3 podem diminuir o risco, por exemplo, de ataques cardíacos e derrames. Cerca de 1/6 de pessoas que consumiram ao menos duas porções por semana de peixe rico em ômega-3 tiveram o risco dessas doenças reduzido.

“Há um benefício protetor significativo do consumo de peixe em pessoas com doenças cardiovasculares”, disse Andrew Mente, co-autor do estudo e professor associado de métodos de pesquisa, evidências e impacto da McMaster e pesquisador principal do PHRI (Population Health Research Institute).

Como foi feito o estudo?

Os pesquisadores analisaram os dados de outros quatro grandes estudos conduzidos pelo PHRI nos últimos 25 anos em quase 192 mil pessoas em 58 países. Cerca de 52 mil tinham doenças cardiovasculares.

Eles ainda enfatizaram que esse é o único estudo realizado nos cinco continentes. Estudos anteriores focaram principalmente na América do Norte, Europa, China e Japão, com poucas informações de outras regiões.

“Este é de longe o estudo mais diversificado de consumo de peixe e resultados de saúde no mundo e o único com números suficientes com representação de países de alta, média e baixa renda de todos os continentes habitados do mundo”, disse o co-líder do estudo, Salim Yusuf, professor da escola de medicina Michael G. DeGroote School of Medicine.

Vale ressaltar, porém, que nenhum benefício foi observado no consumo de peixe em pessoas sem doença cardíaca ou acidente vascular cerebral.

Fonte: VivaBem
Foto capa: iStock
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