Contudo, a seca neste ano foi intensa, muitas localidades ficaram mais de 40 dias sem chuvas, reduzindo significativamente a produtividade das lavouras de safrinha. A jornalista especializada em agronegócio, Fabélia Oliveira, conta que mesmo com as chuvas, a quebra já está concretizada.

Nos últimos três dias as chuvas chegaram ao Brasil Central. Com a passagem da uma frente fria, importantes regiões produtoras de milho safrinhas, como Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, registraram precipitações que poderão amenizar parte das perdas.

Contudo, a seca neste ano foi intensa, muitas localidades ficaram mais de 40 dias sem chuvas, reduzindo significativamente a produtividade das lavouras de safrinha. A jornalista especializada em agronegócio, Fabélia Oliveira, conta que mesmo com as chuvas, a quebra já está concretizada.

“É possível que algumas espigas consigam colocar mais peso nesse grão, mas a formação de já passou, a polinização já se foi. Áreas de primeiro ano foram totalmente descartadas”, explica Oliveira direto de Jataí (GO).

Lavouras cultivadas em janeiro apresentam condições superiores de rentabilidade, mas com produtividade ainda bastante abaixo da média história. E deve começar a ser confirmadas com o inicio da colheita nos próximos 15 dias, no estado.

Segundo a jornalista, que acompanha de perto a situação das lavouras na região de Jataí, a quebra pode superar os 50% na média.

Além dos problemas com a seca, produtores também enfrentaram uma forte ventania no início do ciclo – responsável pelo deitamento de áreas -, e o registro de chuva de granizo neste final de semana em Rio Verde (GO).

Seguro de Renda

Após as perdas, muitos produtores têm encontrado dificuldade em acionar o seguro rural. Atualmente, as apólices de seguro são atreladas – de forma irregular – juntamente com os contratos de operação de crédito realizados juntos as instituições financeiras.

Esses contratos possuem um percentual de cobertura mínima, que neste ano passou para 60% a 65%, dependendo do caso.

Esses índices valem para a chamada cobertura multirrisco, em que a seguradora se obriga a indenizar ao segurado a perda de produção por danos causados pelo clima, como seca, granizo, geada, excesso de chuvas e ventos fortes.

O problema, segundo Oliveira é que os contratos são oferecidos “sem dar ao produtor uma real segurança sobre a produção. Há uma série de informações que não são passadas e os impedem de ter acesso aos seus direitos”, explica.

A jornalista destaca que cláusulas especificas, obrigam o produtor a cultivar determinada variedade dentro de um período exclusivo para que a cobertura seja aceita. No entanto, esses aspectos não são esclarecidos aos contratantes na assinatura do contrato.

O novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou um vídeo em sua rede social uma rápida avaliação sobre a Pasta que acabou de assumir. E dentre os assuntos citados estava o seguro rural.

Para Maggi, essa questão não pode ser alterada com rapidez. “São alterações de legislação, são entendimentos. Não vamos inventar nada novo, vamos finalizar, vamos resolver”, prometeu.

Até lá, os produtores de todo o país terão que conviver com um seguro de renda defasado.

Por: João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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