
Alunos da terceira série da Escola Municipal Professora Leonor Mendes de Barros, em Barra do Chapéu, interior de SP, escola pública mais bem avaliada pelo MEC pelo programa de reforço e didática escolar.
De acordo com os dados divulgados nesta terça feira (06) pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês), que é considerada a principal avaliação de educação básica no mundo, a situação do Brasil é preocupante, indicando estagnação no desempenho escolar dos alunos.
Os dados mostraram que a educação no Brasil teve uma queda de pontuação nas três áreas avaliadas, sendo elas: ciências, leitura e matemática. Dessa maneira, no ranking mundial, composto por 70 países, o Brasil ficou na 63ª colocação em ciências, 59ª em leitura e 66ª posição em matemática.
A prova, aplicada em 2015 para adolescentes de 15 e 16 anos de 841 escolas públicas e privadas de todo o país, é coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e por meio dela é possível traçar um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes, além de reunir informações sobre aspectos demográficos e sociais de cada país participante, sendo possível monitorar os diversos sistemas de ensino.
Em 2015, a nota do Brasil em ciências caiu de 405, na edição anterior da prova de 2012, para 401; em leitura, caiu de 410 para 407 e matemática, o valor caiu de 391 para 377. Nesta última área, a média dos países que participam da avaliação é de 490. No ranking geral, Cingapura foi o país que ocupou a primeira colocação nas três áreas, com 556 pontos em ciências, 535 em leitura e 564 em matemática.
Para se ter uma noção, mais de 70% dos alunos brasileiros que fizeram a prova não conseguiram alcançar o nível 2 da avaliação de matemática, em uma escala que vai até 6. Isso significa que, de acordo com os parâmetros da OCDE, a maioria dos estudantes não é capaz de interpretar e reconhecer situações em contextos que não exigem mais do que uma inferência direta, por exemplo. Além disso, a OCDE considera o nível 2 o mínimo adequado para exercer a cidadania. Na área de ciências, 56,6% dos alunos não conseguiram ultrapassar este nível 2 e em leitura, 51% dos estudantes também não chegaram a este nível.
Em relação à colocação de cada estado, em ciências e leitura, o Espírito Santo apresentou as maiores médias, com 435 e 441 respectivamente. Em matemática, a maior média foi a do estado do Paraná, com 406 pontos. Já Alagoas registrou as médias mais baixas nas três áreas, com 360 pontos em ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.
Rosana de Carvalho – Site PaNoRaMa