21 de novembro de 2024
Black Friday: Vai usar PIX? Veja como evitar dor de cabeça.

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos que se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, deve ser bastante usado na Black Friday, principalmente porque o varejo tem dado bons descontos nas compras para quem faz a transferência bancária instantânea, além da facilidade e rapidez na compra.

Mesmo que os pagamentos via PIX tenham menor chance de fraude, já que o cliente não fornece dados bancários para o pagamento, ainda assim, é preciso alguns cuidados.

Desconfie sempre

Os golpes que usam PIX têm se tornado cada vez mais sofisticados – por isso, é importante a conferência de todas as informações. Cuidado com links que chegam de desconhecidos por meio de redes sociais, WhatsApp, e-mail ou SMS pedindo cadastro ou oferecendo brindes e descontos. Desconfie das promoções que parecem boas demais para ser verdade.

“Uma das formas mais utilizadas pelos golpistas, atualmente, é o chamado phishing, ou pescaria digital. Através de links que levam a uma página falsa na internet, comumente muito parecida com a de uma loja conhecida ou até mesmo um banco, criminosos roubam senhas e dados pessoais dos consumidores para realização de compras e transferências eletrônicas”, explica Andrew Martinez, CEO da empresa de cibersegurança HackerSec.

Outro ponto crucial é checar a reputação das lojas online, em sites como do Reclame Aqui ou no Consumidor.gov.br, antes de fechar a compra. Por meio deles, é possível verificar a opinião de outros clientes e o nível de satisfação da loja.

Não pague fora da plataforma de e-commerce

Caso esteja comprando em uma loja online ou marketplace, é importante que a compra seja finalizada no mesmo lugar, seja no site ou aplicativo. Assim, há garantia de ressarcimento caso a encomenda não chegue. Se o vendedor pedir para finalizar a transação em outro ambiente ou para transferir o dinheiro, desconfie.

“O PIX ajudou a melhorar nossa experiência na hora da compra, principalmente online. Em contrapartida, a facilidade também chega aos fraudadores, que agora têm mais uma ferramenta para alimentar seus esquemas fraudulentos. Por isso, é preciso estar sempre atento” explica Ralf Germer, CEO da fintech de pagamentos em e-commerce PagBrasil.

Coloque um limite para suas transações

Mesmo que haja a intenção de fazer alguma transação de alto valor, é preciso estabelecer um limite para transferência por PIX.

Alberto André, CEO da fintech Plusdin, recomenda não ter um limite alto de transferências por PIX. Se o valor a ser transferido for mais alto que o limite, a dica é negociar para fazer duas transferências.

“É preciso ainda ficar atento aos dados de quem vai receber a transferência antes de confirmar a transação. Assim, evita cair em golpes que pedem dinheiro com o nome de uma pessoa, mas usam a conta bancária com dados diferentes”, alerta.

A definição de novos limites para pagamentos pode ser feita pelo próprio cliente diretamente no aplicativo do banco. De acordo com o Banco Central do Brasil, os pedidos de redução têm efeitos imediatos e os pedidos de aumento só são considerados após um prazo de 24 horas.

Veja, abaixo, o passo a passo para mudança dos limites em sua conta PIX:

  • Faça o login no aplicativo de seu banco;
  • Clique na opção “PIX”;
  • Toque em “Meus Limites”. O app vai mostrar seu limite diário atual. Para mudar os valores, clique nas opções “Gerenciar meus limites”, “Personalizar Limites PIX” ou “Alterar meus limites”, dependendo de qual seja a instituição bancária, para definir um novo valor;
  • Confirme a operação.

Em alguns bancos, como é o caso do Banco do Brasil, o app vai alertar que, caso você precise aumentar o limite, uma confirmação deve ser feita no internet banking ou caixa eletrônico.

Não faça transferências em redes públicas de wi-fi

Economizar o pacote de dados móveis através de redes públicas é uma facilidade encontrada em diversos estabelecimentos e locais públicos. No entanto, essa economia pode sair bem cara.

Conectar-se a um wi-fi de uso coletivo faz com que o usuário se exponha de forma perigosa, e fazer determinadas transações aumenta ainda mais a exposição, como por exemplo, acessar a conta bancária.

“Para ter sempre os dados protegidos, o ideal é usar o aplicativo do banco com o próprio pacote de dados ou uma rede de wi-fi de uso privado”, recomenda Eduardo Tardelli, CEO da upLexis, empresa especializada em mineração de dados.

Cuidado com QR codes falsos

O QR code é uma ferramenta que agiliza a compra: nele, já estão disponíveis o destino da transação e o valor do pagamento. Apesar de reduzir em alguns segundos o processo de pagamento, é preciso certificar-se de que o valor está correto, bem como o destino do pagamento, antes de concluir a operação.

Paulo Castro, CEO e cofundador do Contbank, fintech especializada em produtos para PMEs, alerta que algumas pessoas aumentam o valor ou usam o QR code para direcionar o consumidor para uma conta falsa.

Por g1
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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