Durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, a relação entre alimentação e saúde mental tem ganhado atenção especial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 11,7 milhões de brasileiros são afetados pela depressão, e pequenas mudanças na rotina alimentar podem ser um apoio significativo no tratamento dessa condição.
Especialistas afirmam que, além de terapia, atividades físicas e medicamentos, a escolha de determinados nutrientes pode influenciar positivamente o ânimo e a energia de pessoas que lidam com a depressão. Há alimentos que atuam diretamente no funcionamento do cérebro, neurotransmissores e hormônios, ajudando a melhorar o bem-estar.
O que comer?
Embora não existam alimentos milagrosos, adotar uma dieta equilibrada pode ser fundamental para amenizar os sintomas de ansiedade e depressão. Alimentos como chocolate amargo, arroz, ervilha, banana, oleaginosas, salmão, carnes magras, ovos, leite e derivados são ricos em triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, conhecida como o “hormônio do bem-estar”.
Outros alimentos, como folhas verdes, derivados do leite, uva e abacate, contêm cálcio e magnésio, que ajudam a regular os neurônios e promovem o bem-estar. Peixes ricos em ômega 3, como atum, sardinha e salmão, têm propriedades ansiolíticas que proporcionam um efeito calmante.
Para a saúde cerebral, antioxidantes são considerados neuroprotetores e podem melhorar os sintomas depressivos. Alimentos como canela, maçã, cereja, ameixa, couve e beterraba são recomendados. Além disso, vitaminas do complexo B, encontradas em cenoura, tomate, aveia, leite, ovos e carnes, também são importantes para o controle dos sintomas.
O que evitar?
Por outro lado, é aconselhável evitar o consumo excessivo de açúcar, gorduras e alimentos ultraprocessados, especialmente por aqueles que enfrentam depressão ou ansiedade. Alimentos como farinha branca, doces e frituras podem causar agitação, ansiedade ou humor deprimido. Embora possam proporcionar um conforto momentâneo, o consumo em excesso pode resultar em problemas como obesidade, hipertensão ou doenças cardíacas.
Neste Setembro Amarelo, a alimentação surge como uma aliada na luta pela saúde mental, destacando a importância de hábitos saudáveis para o bem-estar e a qualidade de vida.