Afinal, quanto uma pessoa em Goiás precisa ganhar para ser considerada rica no Brasil

Todo mundo conhece alguém que gosta de ostentar nas redes sociais. Porém, nem sempre os luxos divulgados por alguns goianos representam o real status do usuário. Para ser considerado classe A no país, é preciso ter renda mensal acima de 20 salários mínimos – pelo menos é o que indica o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o salário mínimo em R$ 1.302 neste ano, o morador do estado que deseja estar entre os 2,8% mais ricos do país precisa ganhar, no mínimo, R$ 26 mil a cada mês, ou, mais que R$ 312 mil ao ano.
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Numa conta pragmática, leva-se a crer que é mais alta a possibilidade da classe A estar mais presente em alguns municípios de Goiás. Em Davinópolis, na região Sul, por exemplo, a renda por pessoa chega a ser dez vezes maior do que o necessário para ser reconhecido como parte da classe A. Lá, impulsionada por usina hidrelétrica, o IBGE registrou rendimento mensal de R$ 288 mil por habitante no ano passado.
Outras cidades também se destacaram no quesito devido ao envolvimento com o agro. São elas Chapadão do Céu e Perolândia, ambas no Sudoeste goiano, com renda per capita de R$ 174 mil e R$ 151 mil, respectivamente. Como o número representa a divisão entre a receita do município e o número de habitantes, a bolada pode estar concentrada no bolso de poucos moradores – muitos deles, empresários do agronegócio.
De forma mais ‘modesta’, mas dentro do patamar, também está Goiânia. A renda mensal por habitante é de R$ R$ 29.732,40.
Logo abaixo do ‘topo da pirâmide’ está a classe B, composta por pessoas que ganham de 10 a 20 salários mínimos, isto é, de R$ 13 mil e R$ 26 mil.
Entretanto, a realidade nua e crua está longe dos exemplos acima. De acordo com o IBGE, a maior parte dos moradores de Goiás está nas classes D e E, com rendimentos mensais entre R$ 2.604 e R$ 5.208.
Os goianos com renda mais baixa ainda têm sofrido com queda nos rendimentos. Em 2021, quando a pesquisa foi realizada, quase 360 mil pessoas tiveram renda média inferior per capita a R$100 por mês em Goiás diante de um cenário de diminuição no valor geral do estado. O IBGE também apontou a volta do crescimento na desigualdade econômica estadual, que havia registrado queda nos anos anteriores.
Foto: Alex Alves – Portal Panorama
Jornalismo Portal Panorama
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