
Atualmente ouve-se muito falar em adoecimento no trabalho, seja esse físico ou psicológico. A doença do trabalho pode ser definida como aquela adquirida ou ocasionada em decorrência de circunstâncias específicas em que o trabalho é executado.
Este adoecimento pode ocorrer em consequência de diversos fatores, destacando-se o acúmulo de funções, a grande quantidade de tarefas, foco desmedido no trabalho, ausência de condições de trabalho, inexistência de um ambiente adequado para trabalhar, falta de autonomia, exposição a condições que provoquem esgotamentos físicos e psicológicos. Todos esses fatores, em conjunto ou isoladamente, auxiliam o processo de adoecimento físico ou psicológico do indivíduo.
De maneira geral, as pessoas demoram a notar os sintomas do adoecimento acarretado pelo trabalho e apresentam obstáculos para compreender que seu ambiente de trabalho o tem adoecido, assim como têm dificuldades em organizar um ambiente de trabalho que possa ser saudável e que não vá lhe acarretar em sofrimento.
Dentre as possíveis doenças do trabalho, enfatiza-se a Síndrome de Burnout, conhecida também como a doença do esgotamento e estresse profissional. Esse esgotamento ocorre em decorrência de fatores pessoais, sociais e sobretudo profissionais, como por exemplo, a alta competitividade (muito presente em todos os ramos profissionais), estresse prolongado no trabalho, exigência demasiada que transcende a capacidade de realização, ausência de suporte das chefias, embate com companheiros de trabalho, entre outros.
O esgotamento físico e psicológico pode se manifestar por meio de comportamentos divergentes do que a pessoa apresenta normalmente. São exemplos de sintomas psicológicos desse esgotamento: mudanças súbitas de humor, lapsos de memória, agressividade, afastamento das demais pessoas, tristeza, ansiedade, dificuldade em se concentrar, não-comparecimento no trabalho, e outros. Podem ocorrer não apenas sintomas psicológicos, mas também físicos dentro da Síndrome de Burnout, como, enxaqueca, dores musculares, hipertensão, cansaço excessivo, queda de cabelo, insônia, diminuição do desejo sexual, e outros.
A síndrome de Burnout pode ser uma das consequências das condições da sociedade atual, tida como altamente individualista, que preza pelo imediatismo, pelo aumento da produtividade, pela alta velocidade de execução de tarefas, pelo perfeccionismo, pelo dinheiro e pela organização do trabalho dentro dessa sociedade. Todos esses fatores caracterizam o mundo do trabalho, e essas características podem provocar um estado de grande ansiedade e estresse no indivíduo, causando assim seu adoecimento.
Para que haja o diagnóstico da Síndrome de Burnout, assim como de qualquer outra doença, é necessário que se busque um profissional habilitado para a realização do mesmo. Este diagnóstico leva em consideração a história de vida do paciente e a sua relação com o trabalho, assim como sua realização pessoal em decorrência do trabalho. O tratamento varia de acordo com a pessoa, e como essa doença tem lhe afetado, ele pode envolver terapias e medicamentos, também se faz necessário uma mudança na qualidade de vida do indivíduo.
Essa coluna destina-se a esclarecer e desmistificar a psicologia como área de trabalho, não apenas para os ditos “loucos”, mas para mostrar que a manutenção da saúde mental ajuda no bem-estar cotidiano, proporcionando uma vida melhor e mais ativa.
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Colunista: Joice Veridiane Schumacher
Sócia proprietária da Psicolaris- Atendimento Domiciliar e saúde mental.
Psicóloga, formada pela Universidade Federal de Goiás, CRP – 09/10511
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