Foto: Vânia Santana - Arquivo Pn7

Conversamos com o médico infectologista, Hélio Ranes de Menezes Filho, sobre o assunto...

Apesar da declaração da Organização das Nações Unidas de que  “o mundo não deve entrar em pânico com variante ômicron”, o momento exige cautela e a chegada das festas de fim de ano podem ser um agravante para a proliferação da Covid-19. Muitas cidades do país têm cancelado eventos públicos previstos  para o período e passado a exigir a comprovação vacinal para eventos particulares, mas os especialistas afirmam que as reuniões familiares também devem ser motivo de alerta.

O imunologista Jorge Kalil, da USP, concordou com a decisão de capitais de cancelar festas de Réveillon e destacou que “Não é o momento ainda de fazer grandes aglomerações, sobretudo em ambientes fechados em clube ou que seja”.

Segundo o médico infectologista, professor da Faculdade de Medicina da UFJ, Hélio Ranes de Menezes Filho, as informações sobre a variante ômicron são muito preliminares e ainda não se sabe ao certo sobre a transmissibilidade e o efeito das vacinas contra a variante. A virologista Inmaculada Casas, secretária da Sociedade Espanhola de Virologia, afirmou recentemente que a variante ômicron do coronavírus é “uma espécie de Frankenstein” por apresentar mais de meia centena de mutações, 36 delas concentradas na espícula, a proteína que usa como para invadir as células humanas.

Hélio Filho fez um alerta sobre a realização de eventos familiares nesse contexto de incertezas quanto ao comportamento do Coronavírus: “Mesmo as festas privativas devem-se tomar cuidados. Festas entre familiares: o ideal é que seja feito uma espécie de passaporte vacinal entre a própria família para que só participem pessoas já vacinadas. Outra possibilidade seria testar as pessoas que vão participar. Lembrando que os testes rápidos devem ter sido realizados no máximo 24h antes e os testes  PCR-RT, no máximo 72h. Pessoas com sintomas gripais não devem participar de forma alguma.  Mesmo entre familiares há riscos, por isso deve-se tomar esses cuidados para minimizá-los”.

Apesar de grandes eventos estarem liberados pelas autoridades, o aparecimento de novas variantes e o ainda alto índice de pessoas não vacinadas, o ideal é estar atento e manter as medidas de segurança. Opte por fazer eventos de espaços amplos e ventilados, evite contato físico, use máscara e faça higienização com álcool gel. O momento é de cautela.

Por Estael Lima
Foto: Vânia Santana – Portal Panorama
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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