Justiça determina internação com urgência de aluno que planejava ato terrorista em escola de Goiás

Justiça determina internação com urgência de aluno que planejava ato terrorista em escola de Goiás
Foto: Divulgação

A Justiça de Goiás determinou com urgência a internação de um estudante de 17 anos que preparava um ato terrorista em uma escola pública estadual de Pontalina, na região Sul do Estado. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (18), atende a um pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). A internação será pelo prazo de 45 dias.

De acordo com a representação do promotor Guilherme Vicente de Oliveira, entre agosto de 2018 e março deste ano, o rapaz fez publicações nas redes sociais com apologia a atos criminosos. Ele exaltou atos terroristas como o massacre de Columbine – atentado ocorrido na cidade de Columbine, no Estado de Colorado (EUA) , massacre de Christchurch – ocorrido no dia 15 deste mês, na Nova Zelândia, e atentado na Escola Raul Brasil – ocorrido em Suzano (SP), na semana passada.

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As investigações mostraram que a exaltação ultrapassava o campo virtual. Segundo a representação do MP-GO, o adolescente já tinha elaborado um plano de execução, como escolher a roupa que usaria no dia – roupa preta e capa longa, e captar colaboradores.

Uma testemunha, amiga do estudante, afirmou que o rapaz planejava ingressar na escola matando quem estivesse pela frente. “Os atos preparatórios possuem nítida correlação com atos de terrorismo, como premeditação das condutas, motivação religiosa e ataque a pessoas indefesas com nítido intuito de causar terror”, afirmou o promotor Guilherme Vicente de Oliveira.

A juíza Danila Cláudia Le Sueur Ramaldes, da Comarca de Planaltina, afirmou que ficou demonstrada a “necessidade imperiosa da medida, vez que o adolescente pode colocar em prática o plano de entrar atirando na escola onde estuda, com o objetivo de matar pessoas aleatoriamente e como medida para garantia da ordem pública e para que não execute o plano elaborado, é de suma importância sua apreensão, até para garantir a sua segurança”.

Na casa do aluno foram apreendidas uma arma de fogo, desenhos, coturnos, arco e flechas, uma capa preta e máscara de palhaço. Ele alegou que sofreu bullying e, por isso, vinha planejando o ato. O adolescente foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Caldas Novas.

A magistrada exaltou que a determinação deve ser atendida com urgência. “Caso a vaga não seja concedida e o estudante saia da esfera dos atos preparatórios de terrorismo, pode passar para a execução com um número indeterminado de mortes de adolescentes, estudantes e funcionários da escola”.

Pedro Nunes / Do O Popular

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Redação Portal PaNoRaMa

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