A quadrilha utilizou um caminhão para bloquear a rodovia e fazer com que os veículos parassem na BR-153, entre Morrinhos e Goiatuba. Dois dos três veículos foram explodidos.

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Delegado Alex mostra balas usadas por quadrilha (Foto: Paula Resende/ G1)
Delegado Alex mostra balas usadas por quadrilha
(Foto: Paula Resende/ G1)

Um homem, que não quis se identificar, filmou parte da ação da quadrilha que, fortemente armada, explodiu dois carros-fortes e matou três seguranças na BR-153, entre Morrinhos e Goituba, no sul de Goiás. No vídeo é possível ouvir os disparos das armas. As imagens mostram ainda a fuga dos suspeitos, em duas caminhonetes. Até o momento ninguém foi detido.

A ação durou, segundo a Polícia Civil, exatamente 26 minutos e 30 segundos e ocorreu na tarde de segunda-feira (1º), quando três carros-fortes levavam dinheiro para uma agência bancária da região sul de Goiás. A quadrilha utilizou um caminhão para bloquear a rodovia e fazer com que os veículos parassem na BR-153, entre Morrinhos e Goiatuba. Dois dos três veículos foram explodidos.

O chefe do Grupo Antirroubo a Banco da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Alex Nicolau Nascimento Vasconcelos, informou que o grupo era composto de oito a dez pessoas e usou armamento de uso exclusivo do Exército na ação. Eles portavam metralhadoras calibre .50 e fuzis calibre 556 e 762.

“Essas armas são de guerra, daria para furar um tanque de guerra. Eu não sei manusear. Então, são pessoas bem definidas, especializadas neste tipo de crime”, disse o delegado em entrevista coletiva, nesta terça-feira (2).

Em contrapartida, os doze seguranças da empresa especializada em transporte de valores estavam armados com revólver calibre 38, espingarda calibre 12 e carabina de calibre 38. “É uma luta completamente desigual”, ressaltou o delegado.

Violência e ousadia
A polícia acredita que os seguranças que morreram foram baleados no momento da abordagem. “Eles dispararam no sentido de matar os motoristas e acertar o motor dos carros”, informou Alex. Além dos três funcionários mortos, outros nove foram rendidos pelos criminosos, mas foram libertados depois da ação, sem ferimentos.

A polícia se surpreendeu com a violência e o planejamento da quadrilha. “Modus operandiousado, peculiar, a gente não sabe o motivo que os levaram a tamanha agressividade. Contudo, a gente sabe que três vigilantes foram covardemente assassinados e vamos tentar apurar o motivo que levou a quadrilha a fazer esse tipo de ação dessa forma”, disse o delegado.

Investigação
Os criminosos fugiram em duas caminhonetes roubadas, que foram abandonadas a 25 km do local do crime, em uma estrada vicinal em Buriti Alegre. Segundo a polícia, dentro de uma delas ainda havia explosivos.

Conforme o delegado, a polícia ainda não definiu nenhuma linha de investigação. “Não descartamos que um funcionário da empresa tenha ajudado a quadrilha, não descartamos que tenha policiais envolvidos, não descartamos nenhuma possibilidade”, afirmou.

O delegado informou que está trocando informações com policiais de São Paulo, Mato Grosso, Tocantins e Paraná para identificar o grupo. “É um contato de praxe, as quadrilhas migram, não atuam em apenas um estado”, explicou.

Por enquanto, não há a confirmação do estado de origem do grupo. Os vigilantes que sobreviveram não notaram nenhum sotaque característico dos criminosos.

Durante a semana, a polícia deve ouvir novas testemunhas e continuar com as diligências. No local do crime, os policiais recolheram dinheiro que ficou caído na rodovia, explosivos e armamento. Não há informações sobre a quantia que era transportada nem o valor levado.

Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal de Morrinhos. Até o início desta tarde, eles ainda não haviam chegado a Goiânia.

Do G1 / Vídeo: WhatsApp Grupo Pn7

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