Nos últimos tempos, uma tendência vem chamando atenção: pais estão preferindo colocar desenhos antigos para os filhos, especialmente aqueles produzidos nos anos 90. Mais do que nostalgia, essa escolha está ligada ao desejo de oferecer conteúdos mais calmos, educativos e menos agressivos ao cérebro infantil.
Segundo a neuropsicóloga Tatiany Teotonio Borges, os desenhos antigos se destacam por trazerem ritmo mais lento, falas mais claras e menos estímulos visuais e sonoros. Isso permite que a criança assista com mais tranquilidade, sem ser hiperestimulada, o que colabora para o desenvolvimento da atenção, linguagem e até do sono.
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Além disso, muitas dessas produções apresentam histórias simples e bem estruturadas, com começo, meio e fim, o que ajuda no entendimento e favorece a conexão emocional da criança com os personagens e situações.
Já os desenhos atuais apostam em cortes rápidos, músicas repetitivas e cores vibrantes — elementos que podem parecer atrativos à primeira vista, mas que podem causar sobrecarga sensorial. Isso afeta a capacidade da criança de manter o foco, prejudica a criatividade, o sono e a atenção, aumenta a impulsividade e até atrapalha o desenvolvimento da fala.
Por isso, pais estão preferindo colocar desenhos antigos para os filhos. Especialistas, como os da Sociedade Brasileira de Pediatria e da American Academy of Pediatrics, reforçam a importância de filtrar os conteúdos infantis e recomendam evitar maratonas de episódios longos.
Uma dica da neuropsicóloga é priorizar episódios curtos e estimular o consumo consciente, mesmo dos conteúdos considerados mais leves.
Pais estão preferindo desenhos antigos para os filhos; veja alguns indicados:
- Castelo Rá-Tim-Bum
- Cocoricó
- Pingu
- Ursinho Pooh
- Rugrats – Os Anjinhos
- Franklin
- Doug
- Turma da Mônica (versão clássica)
- O Pequeno Urso
- Rupert
- Bananas de Pijamas
- Barney e Seus Amigos
- Teletubbies (versão original)
- He-Man
- Caverna do Dragão
- Timão e Pumba
- 101 Dálmatas
- Tico e Teco
- O Fantástico Mundo de Bobby
A maioria desses títulos está disponível no YouTube, mas alguns também podem ser encontrados na Netflix, Prime Video ou Disney+. E lembre-se: prefira episódios curtos e evite maratonas, sempre respeitando o tempo e os limites da criança.
Fonte: Mais Goiás
Foto: Reprodução
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