17 de dezembro de 2024
UFJ Jataí Goiás Universidade Federal

Foto: Vânia Santana

Mesmo em crise, UEG melhora em avaliação...
Foto: Divulgação

Divulgada na última terça-feira (8), a edição 2019 do Ranking Universitário Folha (RUF), que anualmente avalia instituições de ensino superior brasileiras com base em aspectos de ensino e mercado, mostra que as universidades goianas estagnaram na classificação. Apenas a Universidade Estadual de Goiás (UEG) apresentou evolução, saltando da 121ª posição nacional, de 2018, para a 108ª, a poucos décimos da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), a 107ª do País. A mais bem ranqueada do Estado continua sendo a Universidade Federal de Goiás (UFG), que se manteve como a 20ª melhor do Brasil. A Universidade de Rio Verde (Fesurv) também figura no ranking, como a 185ª colocada.

O RUF mostra, a partir da avaliação de 40 programas de graduação, o desempenho das instituições em meio a universidades, centros universitários e faculdades com o maior número de ingressantes do País. São considerados dados nacionais e internacionais, além de duas pesquisas de opinião, na análise de cinco critérios: ensino, pesquisa, mercado, inovação e internacionalização. A classificação aponta as 197 instituições mais bem posicionadas nacionalmente.

Vivendo momentos de incertezas em sua gestão, com um novo reitor interino anunciado há pouco mais de duas semanas, a UEG comemora o resultado. De acordo com a instituição, que se manifestou por meio de nota enviada à reportagem, o avanço de 13 posições na avaliação é fruto de “esforços constantes para a melhora de seu ensino e pesquisa”, sem, contudo, detalhar quais seriam eles. A universidade, porém, diz reconhecer que está “muito aquém de sua real capacidade” e considera que o desenvolvimento ocorrerá quando “rixas ideológicas internas” forem cessadas.

“A excelência do ensino reservada a essa universidade passará necessariamente por uma mudança de pensamento, em que a Universidade se veja como una, dispensando rixas ideológicas internas que até então vêm atrasando a instituição”, afirma a universidade estadual, em nota.

Apesar de ter superado a PUC Goiás nos demais quesitos, a instituição do Estado ainda não conseguiu evoluir na avaliação de mercado, feita com base em pesquisa de opinião realizada pelo Datafolha e que aponta como os graduados são recebidos no setor produtivo. Para reverter a situação, a UEG aposta na parceria feita com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Invocação (Sedi) na criação do Parque Tecnológico de Anápolis para promover integração com a produção acadêmica.

Mercado

A valorização pelo mercado de trabalho, por outro lado, é destacada na PUC Goiás. Neste critério, a instituição aparece como a 23ª colocada do País, fato que a pró-reitora de Graduação, Sonia Margarida Gomes, atribui à qualidade na formação de seus estudantes. “Temos uma recepção muito boa. A inserção no mercado de trabalho é muito expressiva, pois temos um esforço muito grande para aliar a qualidade na formação (acadêmica) ao investimento na formação humana do profissional”, avalia ela.

Além disso, a pró-reitora acredita que a tradição da instituição, fundada em outubro de 1959, também contribui para a boa recepção no mercado.

UFG se destaca em mercado e ensino, com destaque para Agronomia.

Classificada como a 20ª melhor universidade do Brasil, posição que também alcançou no ano passado, a UFG desponta em critérios como ensino (20ª) e mercado (17ª) e alguns de seus cursos estão entre o melhores do País. A graduação em Agronomia foi a mais bem avaliada, considerada a 10ª melhor do País. “É um resultado bastante estimulante para nós, que estamos reformulando o projeto pedagógico do curso. Isso nos faz perceber que podemos almejar resultados ainda melhores”, resume o professor Marcos da Cunha, diretor da Escola de Agronomia.

O curso se destaca na avaliação do mercado, ocupando o 5º lugar do País. “Nós temos um corpo docente altamente qualificado. A infraestrutura precisa ser melhorada, mas tem uma boa qualidade de recursos físicos e humanos. Além disso, temos um mercado propício em nossa região, que potencializa a formação de profissionais”, avalia a pró-reitora de Graduação, Jaqueline Civardi.

Fonte: Carol Almeida
Jornalismo Portal Panorama
panorama.not.br

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