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Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, Flúvia Amorim, afirma que este é o pior momento desde o início da pandemia e que a situação tende a se agravar nos próximos dias. A superintendente explicou que dois fatores têm contribuído para acelerar a transmissão do vírus: as aglomerações e as novas variantes já detectadas no Estado (a de Manaus e do Reino Unido), que se propagam com mais intensidade e rapidez...

“Os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia devem se reunir novamente neste fim de semana para avaliar o quadro, mas o que temos hoje não é melhora e sim piora”, comentou Flúvia Amorim.

“Na nossa história recente, jamais tivemos tantas pessoas internadas em leitos de UTI no mundo, no Brasil e em Goiás, situação causada pela Covid-19”, afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Flúvia Amorim, em entrevista hoje, dia 4, ao Programa Primeiro Tempo da Rádio Brasil Central FM.

Mais do que isso: ela fez projeções ainda mais severas em relação à pandemia ao afirmar que não há previsão boa para os próximos dias, uma vez que a situação piora a cada momento em todas as regiões do Estado, com o avanço desordenado e incontrolável do número de casos.

A superintendente explicou que dois fatores têm contribuído para acelerar a transmissão do vírus: as aglomerações e as novas variantes já detectadas no Estado (a de Manaus e do Reino Unido), que se propagam com mais intensidade e rapidez. Flúvia Amorim enfatizou que enquanto as pessoas não tiverem plena consciência do tamanho do problema e fizerem sua parte no cumprimento dos protocolos de distanciamento social, de uso de máscara de higienização de mãos, não será possível conter o problema. “O que se percebe é que muitas pessoas banalizam as medidas sanitárias, mas elas são fundamentais.

Flúvia Amorim abordou também a questão da resistência da população e de comerciantes em relação às medidas de fechamento das atividades econômicas. “É compreensível, porque é o ganha-pão das pessoas, mas é preciso ficar claro que a vida é mais importante”, observou ela. A superintendente acrescentou que empresários que fazem protestos deveriam ser convidados a passar 12 horas no plantão de UTI em hospital de campanha para comprovar o sofrimento dos pacientes, a luta dos profissionais da saúde para salvar vidas, o que nem sempre ocorre, como já demonstrado pelas 8.714 mortes registradas no Estado.

Vacinação

Sobre a aplicação de vacinas, a superintendente da SES disse que o trabalho tem sido feito com eficiência e rapidez, sempre que há insumo em disponibilidade. “Já vacinamos mais de 200 mil pessoas com a primeira dose e já poderíamos ter vacinado um terço da população goiana se tivesse vacina disponível”, garantiu ela. Mesmo assim, conforme observou, há expectativa de queda na demanda por leitos e por UTI pelas pessoas da faixa etária acima de 70 anos e mais quando todos forem imunizados, situação que não está muito distante”, argumentou.

Indagada sobre o abrandamento do decreto que definiu o fechamento do comércio, Flúvia Amorim disse que pelo agravamento da situação em todo o Estado, é muito provável que será estendido por mais tempo. “Os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia devem se reunir novamente neste fim de semana para avaliar o quadro, mas o que temos hoje não é melhora e sim piora”, comentou ela.

Incitada a deixar um recado à população, a superintendente da SES reforçou o que vem recomendando continuadamente, apelando para a consciência das pessoas, que precisam fazer sua parte e contribuir para reduzir a disseminação do vírus. “Parem um minuto para pensar na quantidade de vidas perdidas e nas outras que ainda poderemos perder. Não podemos nos acostumar e achar que é normal perder vidas. Temos que fazer as coisas da maneira certa, cada um fazendo sua parte. Do contrário, vamos viver uma grande tragédia em futuro muito próximo”, arrematou Flúvia Amorim.

Por ABC Digital
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