Por Nalanda Gabrielle, do Portal Pn7
Foto: Arquivo Pessoal
Na tarde desta segunda-feira (11), em resposta ao pedido do Portal Panorama, a Superintendência Municipal de Comunicação de Jataí enviou uma nota oficial sobre o trágico caso de Ester dos Santos Lima, de 21 anos, que veio a óbito após complicações médicas. O episódio, que teve início em 29 de fevereiro e culminou na morte da paciente na madrugada de domingo (10), gerou comoção e levantou questionamentos sobre os procedimentos médicos envolvidos.
Jovem de 21 anos vai parar na UTI e morre após arrancar os sisos, em Jataí
O caso teve início quando a jovem passou por uma cirurgia de extração dos sisos no Centro de Especialidades Odontológicas. Após o procedimento, ela recebeu pontos na boca, que deveriam ser removidos posteriormente. No entanto, antes da data marcada para a retirada dos pontos, a paciente começou a apresentar complicações.
Diante disso, seu marido a levou ao Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho no dia 05 de março, onde foi sugerida a possibilidade de infecção pelo vírus da Chikungunya, mas a paciente foi medicada e enviada de volta para casa. Seu estado de saúde continuou a se deteriorar e, no dia 06, ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jataí, onde recebeu soro na veia.
No dia seguinte, a jovem foi transferida novamente para o Hospital Serafim de Carvalho, onde recebeu acompanhamento médico. No entanto, seu estado de saúde continuou a piorar, levando-a a ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na tarde do mesmo dia. Infelizmente, ela não resistiu e veio a óbito na madrugada seguinte.
Diante desse triste desfecho, tanto a Prefeitura Municipal de Jataí quanto o Hospital Estadual emitiram notas para esclarecer os acontecimentos.
A Prefeitura, por meio da Coordenação de Saúde Bucal, esclareceu que a paciente foi atendida no Centro de Especialidades Odontológicas e que o procedimento de extração dos sisos transcorreu sem intercorrências. Segundo a nota, após a cirurgia, a paciente foi medicada, orientada e não retornou ao serviço com queixas.
Por sua vez, o Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho informou que a paciente deu entrada na unidade com um quadro infeccioso indeterminado e recebeu tratamento adequado. No entanto, seu estado de saúde se agravou rapidamente, evoluindo para uma septicemia que culminou em sua morte.
O hospital lamentou profundamente o falecimento da paciente e se colocou à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais. O caso está sendo tratado como homicídio culposo e será investigado pela Polícia Civil para determinar as causas da fatalidade e verificar se houve algum erro nos procedimentos médicos.
O Portal Panorama continuará acompanhando o desenrolar desse caso e trará novas informações assim que estiverem disponíveis.
Nota do Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ):
O Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ) informa que a paciente E. E. S. L deu entrada na unidade no dia 07 de março com quadro infeccioso de foco indeterminado, sendo iniciada antibioticoterapia e solicitados exames complementares para identificação da causa.
No dia 09/03, a paciente encontrava-se sob assistência na enfermaria quando evoluiu com quadro de septicemia e foi encaminhada para tratamento especializado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Mesmo com o tratamento de amplo espectro e suporte de terapia intensiva, a paciente cursou com falência múltipla de órgãos, parada cardiorrespiratória e veio a óbito no dia 10/03. O corpo foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para identificação da causa mortis.
O HEJ lamenta profundamente o falecimento da paciente, se solidariza com a dor da família e coloca-se à disposição para qualquer esclarecimento.
Nota da Prefeitura de Jataí, por meio da Coordenação de Saúde Bucal:
A Prefeitura de Jataí, por meio da Coordenação de Saúde Bucal esclarece que a paciente foi atendida do Centro de Especialidades Odontológicas em 29/02/24, e extraiu os três dentes sisos com um especialista em bucomaxilofacial, foi feita toda anamnese não sendo relatado pela paciente nenhuma doença preexiste, em seguida, o procedimento foi realizado com o profissional, transcorrendo tudo dentro da normalidade.
Cabe ressaltar que após o procedimento cirúrgico a pacientada foi medicada, orientada e liberada. A partir desse momento ela não procurou mais o serviço reclamando de algum problema ocasionado pela cirurgia de extração.