21 de novembro de 2024
Pesquisa mostra que de 11 a 12 anos, quase metade (46%) diz preferir a plataforma, enquanto apenas 7% menciona o Facebook.

Ainda que as diretrizes do TikTok proíbam o acesso a menores de 13 anos, a rede é a favorita entre as crianças da faixa etária no país. É o que mostram os números da pesquisa TIC Kids Online Brasil de 2022, realizada anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e divulgada neste mês.

O levantamento ouviu 2.604 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, e 2.604 pais ou responsáveis de todo o país entre junho e outubro do ano passado. No geral, os resultados apontaram que 35% disse que o TikTok era a rede social mais utilizada, mesmo percentual daqueles que apontaram o Instagram.

No entanto, esse número foi maior entre os mais novos: entre aqueles de 11 e 12 anos, quase metade (46%) diz preferir a plataforma, enquanto somente 21% cita o Instagram. Por outro lado, entre os mais velhos, de 15 a 17 anos, 51% cita o Instagram, e 32% afirma usar mais o TikTok. Em nenhuma faixa etária o Facebook, o Twitter ou o Snapchat ultrapassam 10% dos usuários como rede favorita.

TikTok é a rede mais usada por crianças abaixo de 13 anos no Brasil

O acesso ao TikTok por menores de 13 anos, porém, é proibido, e perfis que utilizem dados falsos para burlar a regra, embora a pesquisa mostre ser algo comum, podem ser derrubados pela plataforma. Somente no ano passado, a empresa removeu cerca de 78,3 milhões de contas por suspeita de terem burlado o critério etário – cerca de 8% do total de usuários ativos.

“O TikTok é restrito para maiores 13 anos, e perfis de menores abaixo dessa faixa etária são removidos quando identificados por meio de tecnologia e moderação humana. Lembramos que o TikTok tem uma classificação 12+ na App Store e é listado como “Orientação dos pais recomendada” na Play Store do Google, que permite que os pais usem controles no nível do dispositivo para impedir que seus filhos baixem o aplicativo”, diz a plataforma.

Como os pais devem agir?

O TikTok tem diretrizes que proíbem a veiculação de conteúdos considerados nocivos, como desafios perigosos, estímulos a transtornos de saúde mental e alimentares, vídeos com nudez e teor sexual, bullying, assédio, violência e discurso de ódio, imagens explícitas, entre outros.

No entanto, assim como outras redes sociais, é comum encontrar publicações que conseguem escapar à moderação das plataformas e oferecer riscos à saúde dos mais novos. Por isso, há condutas que os especialistas orientam aos pais para minimizar um impacto negativo.

Limitar o uso

Em reportagem recente do Globo, que abordou pediatras para ouvir as principais recomendações aos pais, um consenso foi que os pais não permitam a criação de um perfil nas redes sociais para menores de 13 anos.

Além disso, os especialistas orientam que, para os mais velhos, exista uma restrição no horário em que podem ficar nas plataformas. Recentemente, a rede anunciou a limitação tempo de tela de usuários com menos de 18 anos para 60 minutos diários, que pode ser desbloqueado com a senha.

Há ainda como tornar a conta privada, para que apenas perfis autorizados possam acessar o que está sendo publicado pelos jovens. (Todas as funcionalidades para os pais podem ser acessadas pelo Guia do TikTok clicando aqui).

Supervisão do conteúdo

Os pediatras apontaram também que é importante que os responsáveis supervisionem o conteúdo que o jovem está consumindo, até mesmo para ensinar durante o processo a refletir criticamente sobre as publicações online, além de apontar o que traz riscos.

A melhor forma de fazer isso, afirmam, é sentar ao lado do filho enquanto ele utiliza o aplicativo, para que esse monitoramento seja algo natural e acolhedor para a criança e o adolescente. Porém existe também a Sincronização Familiar, funcionalidade do TikTok em que os pais podem vincular sua conta à do filho para acessar o conteúdo que está sendo exibido.

Em um alerta recente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a entidade defende que essa supervisão seja feita “com regras claras na convivência diária sobre segurança, privacidade, bloqueio de mensagens inapropriadas, violentas ou discriminatórias, que possam causar danos físicos ou mentais, e com a orientação para a não-prática desses desafios”.

Saber mexer na plataforma

Além da Sincronização Familiar e do limite de tela, existem outras funcionalidades disponíveis no TikTok para auxiliar os pais no controle parental. Mas, para que elas possam ser efetivas, é importante que os responsáveis aprendam a mexer na plataforma.

Os especialistas destacam ainda que esse conhecimento faz com que os pais tornem-se mais aptos a educar os mais novos sobre um uso consciente e saudável da rede.

“O TikTok disponibiliza um Guia de Pais e Responsáveis que foi elaborado para oferecer uma visão geral da plataforma e das várias ferramentas e controles integrados ao TikTok, como a ferramenta de Sincronização Familiar, que permite que pais e responsáveis tenham suas contas vinculadas a de seus adolescentes. O documento também oferece informações gerais sobre preocupações comuns referentes à segurança na Internet”, lembra a rede.

Fonte: Agência O Globo
Foto: Divulgação
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