21 de novembro de 2024
Tendo a doença hepática como objeto de teste, a pesquisa comparou milhares de vídeos da plataforma com práticas médicas estabelecidas.

A rede social de vídeos rápidas TikTok pode ser maravilhosa para passar um tempo, ver imagens engraçadas, mas também pode ser perigosa, quando falamos sobre os inúmeros desafios perigosos que surgem na rede social, ou quando vamos nos informar sobre saúde. Isso porque um grupo de cientistas descobriu que os usuários da plataforma estão sujeitos a uma enxurrada de desinformação sobre o assunto.

Segundo pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Arizona, 4 em cada 10 postagens de saúde na plataforma tinham informações incorretas. Tendo a doença hepática como objeto de teste, o estudo comparou milhares de vídeos do TikTok contendo as palavras “cirrose” e “doença hepática”, todos postados entre outubro e novembro de 2022, com práticas médicas estabelecidas, conforme endossado pelo American College of Gastroenterology, American Gastroenterological Association e Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado.

“Quando uma pessoa comum observa um post sobre doença hepática nas mídias sociais, pode não ter ideia de que as alegações são totalmente imprecisas. As pessoas devem sempre consultar seu médico primeiro para obter orientação sobre sua condição médica específica, mas também sabemos que obter informações e dicas de saúde nas mídias sociais é extremamente comum hoje em dia”, afirma Macklin Loveland, principal autor do estudo.

Há boas notícias, no entanto: enquanto uma proporção reconhecidamente grande das postagens continha informações ruins ou falsas, aquelas com conteúdo preciso tiveram um engajamento muito maior. Ou seja, mais pessoas estavam vendo as informações corretas do que com mentiras sem estudos científicos.

Estima-se que haja 4,5 milhões de adultos diagnosticados com doença hepática apenas nos EUA.

“Embora as postagens imprecisas tenham sido menos populares, elas ainda representam um grande volume de desinformação na plataforma, deixando as pessoas com doenças hepáticas suscetíveis a falsas alegações. Dada a alta mortalidade associada à doença hepática, o impacto de espalhar alegações imprecisas em uma plataforma de mídia social tão popular pode ter sérias ramificações clínicas”, disse Loveland.

Segundo o pesquisador, os médicos precisam ser fortemente representados na plataforma para combater a desinformação com informações precisas e baseadas na ciência. Além disso, é necessário uma melhor regulamentação e monitoramento de alegações de saúde. “não apenas no TikTok, mas em todas as plataformas de mídia social”, diz o médico.

“Em geral, o TikTok e as plataformas de mídia social são ótimas fontes para disseminar informações sobre saúde”, apontou Loveland.

Fonte: Agência O Globo
Foto: Canva
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