Foto: Polina Tankilevitch/Pexels

Ferramenta é importante no controle da pandemia, na identificação da quantidade de pessoas que já foram infectadas e no diagnóstico em alguns casos.

O teste rápido para identificar a Covid-19 tem sido muito usado na detecção da variante ômicron. Entretanto, a sua eficácia, muitas vezes, é questionada pela rapidez do resultado. Contudo, quando utilizada de forma correta, essa é uma ferramenta importante no controle da pandemia, na identificação da quantidade de pessoas que já foram infectadas e no diagnóstico de casos.

O teste rápido de Covid, geralmente, é encontrado, além de em laboratórios, em farmácias e leva de 10 a 30 minutos para ficar pronto, dependendo do fabricante. Para indicar um resultado positivo ou negativo, ele não precisa ser necessariamente encaminhado a um laboratório. A sua realização pode ser feita pelo modelo de Drive-Thru ou em um local seguro e isolado.

É importante lembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliou e aprovou o registro e circulação de testes rápidos que atenderam às normas de segurança e eficácia estabelecidas pelos Regulamentos Sanitários. Somente por isso as farmácias foram liberadas a aplicá-los.

Este tipo de testagem é feita por meio da sorologia, que mensura a presença de anticorpos contra a doença. Conforme orientações da Anvisa, não é possível comprar o teste e levá-lo para casa, pois a sua aplicação deve ser feita apenas por profissionais.

Como o teste Covid é feito

O teste rápido é feito num cassete de plástico – material parecido com os dos testes de gravidez encontrados em farmácias -, que conta com uma pequena área em que algumas gotas de sangue do indivíduo testado são depositadas. O sangue passa por uma fita que o absorve e o leva até o reagente, substância que muda de cor quando encontra os anticorpos na amostra avaliada, indicando a presença deles.

Geralmente, a presença de dois anticorpos é avaliada pelos testes, o IgM e o IgG. Tratam-se de defesas produzidas pelo corpo para combater o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. O resultado vai depender, então, de qual deles foi ou não encontrado.

Quando a pessoa está ou esteve recentemente infectada, o resultado é positivo somente para o IgM. Agora, se a pessoa já teve contato com o vírus no passado, o resultado será positivo para IgG. Como ressaltado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde (SAPS/MS), “o resultado do teste isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico de Covid-19”.

Atenção à janela imunológica

A Secretaria reforça que, como todo exame médico, o teste rápido possui limitações. As taxas de resultados incorretos são exemplos de algumas delas, apesar de não passarem dos 15%. Além disso, o tempo que o corpo demora para fabricar os anticorpos após o contato com o vírus, período chamado de janela imunológica, também é uma limitação.

O órgão recomenda que o teste seja feito apenas a partir do oitavo dia do início dos sintomas. Se for realizado um teste rápido antes desse prazo, ele, provavelmente, será negativo, mesmo a infecção estando ativa.

Como o resultado do teste sozinho não confirma nem exclui totalmente o diagnóstico, é preciso estar atento a um conjunto de informações e observações clínicas. Conforme o Ministério da Saúde, o resultado do teste pode ser usado para embasar a decisão dos profissionais.

Um resultado negativo, por exemplo, diminui muito a chance de que a pessoa esteja infectada. Todavia, é importante manter acompanhamento clínico, principalmente com a população idosa e indivíduos com doenças crônicas com quadro de síndrome gripal.

Foto: Polina Tankilevitch/Pexels
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