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O tempo quente e seco que atinge Goiás, entre nos meses de maio até outubro, com temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar, exige cuidados com as doenças sazonais que se desenvolvem com mais facilidade durante esta época do ano. É o que alerta o médico pediatra e neonatologista do Sistema Hapvida, Maiton Fredson. Ele explica que é fundamental redobrar os cuidados com a hidratação da pele, das mucosas, dos olhos e do organismo para prevenir as doenças que surgem durante este período.
“O clima seco está presente, nas estações de outono e inverno, e isso favorece as doenças sazonais porque os vírus circulam com mais intensidade. A exemplo da insuficiência respiratória, influenza, para-influenza e adenovírus que geram quadros de resfriado comum e gripes que podem se tornar até pneumonias”, alerta.
Além de beber muita água é importante aplicar constantemente soro fisiológico nas narinas, sem esquecer que os olhos também sofrem muito com o clima seco. “Por isso, é necessário hidratar os olhos com colírio, bem como evitar exposição ao sol e exercícios físicos entre as 10 e 17 horas. Porque a pele vai ressecar com maior facilidade e as mucosas também”, sugere o especialista.
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Cuidado com os pequeninos
Em relação a bebês maiores de dois anos, é preciso evitar aglomerações e contato com pessoas fora do convívio diário sob suspeita de algum tipo de contaminação. Segundo o pediatra do Sistema Hapvida, os cuidados recomendados em relação aos recém-nascidos, está diretamente ligado à visita de terceiros. “É muito comum encontrar um amigo ou parente que apresenta sintomas de uma simples alergia. Porém, muitas vezes, isso pode ser algo mais grave”, explica o especialista.
Já nos bebês de colo, o clima seco pode ocasionar a bronquiolite viral, uma doença grave, que provoca infecção nos brônquios em crianças (de zero a dois anos) com baixa imunidade e que sazonalmente pode provocar proliferação de outros vírus nessa época do ano.
“O adulto pode transmitir o vírus mesmo sem estar com quadro clínico completo e aparente. Então, é importante evitar pegar na criança, especialmente nas mãos – porque o bebê coloca as mãozinhas na boca o tempo todo. Além disso, fazer uso de máscara, lavar as mãos e visitas curtas são fundamentais para evitar a poluição do ambiente e a proliferação de bactérias”, orienta Dr. Fredson.
Sazonalidade e memória imunológica
O médico pediatra do Sistema Hapvida Maiton Fredson também traz uma situação recorrente nesta época do ano. Um dos questionamentos mais frequentes no consultório, neste período de tempo seco é: “tenho que tirar meu filho da escola neste tempo? A resposta é NÃO”, afirma o especialista. Ele explica que o corpo humano tem memória imunológica, ou seja, gera anticorpos contra os vírus que a criança menor de seis anos de idade já teve contato. “Quando a criança não tem memória imunológica ampliada, cada vírus que ela entra em contato gera uma nova doença, porque é novo para ela. E na escola, ela vai encontrar pessoas que já tiveram contato com diferentes tipos de vírus e isso faz com que ela adoeça. Porém, a partir disso, é criada uma nova memória imunológica e a criança adoece menos”, esclarece.
Dr. Fredson diz ainda que a pandemia nos ensinou a ter mais cuidado com a higiene pessoal e, principalmente, com a higiene das mãos, das vias aéreas e dos objetos. Ele garante que esse processo foi um grande aprendizado e deve ser mantido para evitar contaminação com outros vírus. “A memória imunológica é muito importante, mas antes disso, é preciso manter os cuidados de higiene pessoal para diminuir os contatos virais”, ressalva.
Calendário Vacinal
O pediatra ressalta que é fundamental manter o calendário vacinal das crianças atualizado, inclusive com as vacinas oferecidas em campanhas do Ministério da Saúde. A exemplo da vacina contra a H1N1, H3N2 e influenza, porque todos os anos, a imunização traz uma atualização do vírus que está circulando. “Isso evita que a criança tenha doenças graves, como a influenza que, em muitos casos, evolui para pneumonia e leva pacientes ao óbito”, afirma Dr. Fredson.
Fonte: O Popular
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