O técnico de atletismo Ronaldo Quirino, de Jataí, está banido do esporte após sua mulher e seu filho, Sueli Pereira e Ronald Moraes, ambos suspensos por doping pelo uso de eritropoietina, contarem em depoimento que a substância proibida era aplicada pelo treinador.
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) comunicou a punição e a justificativa por meio de comunicado nesta quarta-feira (23). Ronaldo não recoreu da punição.
O comunicado diz:
“O treinador foi julgado pela Comissão Disciplina Nacional (CDN) do STJD do Atletismo em 24 de outubro de 2016, ficando configurada a infração pelo mesmo das Regras da IAAF e da WADA, no que tange as sanções à “equipe de apoio do atleta”, tendo a CBAt recebido a decisão nesta data, uma vez que foram esgotados todos os prazos de recurso contra a mesma.
Em conformidade com a decisão do STJD do Atletismo, a CBAt emitiu portaria nesta data, suspendendo o treinador de forma vitalícia (por toda a vida), além de cancelar de imediato o seu registro de treinador nesta entidade.”
No dia 5 de fevereiro, Sueli Pereira e Ronald Moraes foram suspensos preventivamente por uso de EPO. Ela foi testada na São Silvestre, em 31 de dezembro de 2015, e na Corrida de Reis, em 10 de janeiro, tendo sido flagrada nas duas. O jovem, de 21 anos, foi flagrado na corrida de Reis.
A eritropoietina (EPO) é um hormônio que aumenta o desempenho por melhorar a oxigenação no sangue.
Sueli foi flagrada na São Silvestre de 2015, na qual foi 4ª colocada, e também na Corrida dos Reis, em que ficou em 3º. Julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBAt, foram punidos com quatro anos de suspensão.
Não fosse o doping, Sueli poderia ter ido à Olimpíada. À época da suspensão, ela tinha o 4º melhor tempo entre as brasileiras.
Com o caso, o Cruzeiro, clube pelo qual Sueli corria, acabou rescindindo o contrato com a atleta. Ronald também tinha contrato com o clube, mas o acordo terminou justamente na Corrida de Reis.
Do O Popular / Foto: Cristina Cabral
