O aconchego de uma pequena pousada no meio da vegetação, a atmosfera caseira e o ambiente hospitaleiro são alguns dos pontos que alavancam e colocam regiões, cidades e propriedades de diferentes localidades de Goiás na rota do turismo rural.
O desenvolvimento da atividade no estado é uma aposta do Governo que, inclusive, mira em áreas específicas, com características ruralistas, para potencializar o setor e, consequentemente, movimentar a economia dos municípios.
O presidente do Goiás Turismo, Fabrício Amaral, explica que o foco central – que também servirá como uma espécie de laboratório para avaliar o avanço da atividade – será, principalmente, o Caminho de Cora Coralina.
Já existente, a trilha oferece um percurso de 300 km de extensão e é responsável por ligar oito cidades goianas, sendo elas: Corumbá de Goiás, Cocalzinho de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá, Itaguari, Itaberaí e Cidade de Goiás.
A justificativa para a escolha do ponto se deve justamente ao fato do trecho já possuir um chamativo fluxo de turismo e ser conhecido tanto dentro quanto fora do estado.
“Só com o Caminho de Cora tem gente que vive lá de roçar o pasto, de tirar um leite para quase que subsistência e com essa atividade de vender um queijo, vender um doce, vender uma água, oferecer um almoço, uma hospedagem, a possibilidade de ganho dele é de 5 ou 6 vezes maior”, explica.
Outro interesse por parte da Administração é a Estrada de Ferro. O projeto visa fortalecer e resgatar a história nos municípios onde passavam os trilhos da antiga estrada de ferro nas cidades de Cumari, Goiandira, Catalão, Ipameri, Urutaí, Pires do Rio, Orizona, Caraíba, Ponte Funda, Vianópolis, Silvânia, Leopoldo de Bulhões, Anápolis, Bonfinópolis, Senador Canedo e Goiânia.
A estratégia, segundo ele, é que o trecho siga um caminho similar ao planejamento previsto para o de Cora Coralina, e que haja incentivos financeiros e publicitários para impulsionar os comerciantes da região e atrair os turistas.
A mesma tendência é esperada para a região Noroeste que, de acordo com Fabrício, apresenta um elevado potencial para o turismo rural.
“A gente tem algumas cidades, que tem características muito próprias, mas o turismo rural tem potencial de receber o estado todo. Nós já mapeamos e vimos que tem mais de 300 propriedades que se enquadram nisso. Mas especificamente, na região Noroeste, que já tem um fluxo de turistas, vai ter um incentivo. Vamos fazer uma estrada de ferro e um piloto muito consiste ao caminho de Cora”, revela.
Por Thiago Alonso
Foto: Divulgação
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